Prefeito de Choró confirma que ocorreram desvios em sua gestão, mas alega não ter participado

Mais uma vez o prefeito de Choró, José Antônio Rodrigues Mendes, o Dé, é alvo de um escândalo envolvendo sua gestão. Em entrevista recente ao Sistema Monólitos de Comunicação, em Quixadá, o prefeito admitiu que ocorreram desvios de dinheiro público em sua gestão, mas alega que não teria sido conivente, tendo inclusive denunciado os supostos culpados ao Ministério Público.

De acordo com o prefeito, o esquema estava inteiramente sob o controle de Erilene Fernandes Gomes, ex-chefe do Departamento de Recursos Humanos, onde o esquema funcionava. Dé teria dito que a própria Prefeitura, através de sua Procuradoria, denunciou o problema ao Ministério Público Estadual, bem como teria registrado um Boletim de Ocorrência, denunciando o caso.

O Prefeito levou ao Sistema Monólitos uma cópia da exoneração de servidores datada de 12 de agosto de 2014 e defendeu seus secretários, afirmando que nenhum deles teve participação no esquema. Segundo ele, Erilene enviava ao banco dados falsos. Dé afirma desconhecer os valores envolvidos no esquema de desvio de dinheiro público. “Eu tenho culpa por ser o prefeito, mas eu não fui conivente”, disse.

A afirmação do gestor, segundo o site Monólitos Post, contraria a palavra de Erilene Fernandes, que teria afirmado recentemente que não tinha conhecimento de sua exoneração. O prefeito afirmou que a medida foi tomada um dia após ter dispensado a servidora, e que ela foi avisada sobre a exoneração.

Ainda em entrevista, o gestor lamentou a ação, disse sentir pena da servidora e que a mesma teria lhe procurado para pedir que o caso fosse resolvido sem participação do Ministério Público, mas ele teria dito que o caso envolve dinheiro do povo e que não poderia se furtar de denunciar o problema.

“Se ela diz que há fantasmas, precisa provar”, disse o chefe do executivo sobre as acusações públicas feitas por Erilene Fernandes, que teria afirmado recentemente que o prefeito sabe da existência de funcionários fantasmas. A forma como funcionava o suposto esquema ainda deve ser desvendada pelo MP, que apurará a denúncia, bem como a participação das pessoas apontadas.

Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação