Cerca de duas toneladas de drogas já foram apreendidas no Ceará somente nos seis primeiros meses deste ano, a quantidade é 120 por cento maior que a apreendida em 2010. Somente a Delegacia de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc), órgão competente para o combate ao tráfico doméstico de drogas, foi a responsável por quase a metade das apreensões.
A maior delas ocorreu há duas semanas, quando os inspetores daquela Especializada, sob o comando do delegado Pedro Viana, encontraram cerca de 600 quilos de maconha paraguaia no baú de um caminhão que procedia de São Paulo.
O veículo de carga acabou sendo interceptado pela Polícia no Município de Penaforte, na divisa com Pernambuco (a 544Km de Fortaleza), numa operação que teve o apoio da Coordenadoria Integrada de Inteligência (Coin), órgão da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Segundo o delegado Pedro Viana, 105 pessoas foram presas em flagrante neste ano pelos inspetores da Denarc, sendo 82 homens e 23 mulheres. Todas estavam vendendo drogas e acabaram autuadas em flagrante pelo crime de tráfico.
Além de 780 quilos de maconha, a Especializada apreendeu ainda, 15 quilos de crack e 27 quilos de cocaína, contra 34 quilos de maconha, cinco de crack e sete de cocaína em igual período de 2010.
Aumento
O número de ocorrências, envolvendo o tráfico de cocaína, teve um aumento elevado, da ordem de 120 por cento em todo o Ceará, saltando de 302 casos no ano passado, para 667 em 2011. Nas ocorrências com maconha, esta elevação chegou a 88,6 por cento (de 641 casos em 2010 para 1.209 neste ano). No caso do crack, a elevação atingiu o pico de 78,18 por cento (651 casos em 2010 e 1.161 em 2011). Na maioria das prisões ficou demonstrado que os traficantes estão, cada vez mais, utilizando crianças e adolescentes para atuarem como ´aviões´ ou ´mulas´ do crime.
As autoridades também têm constatado a presença, cada vez maior, de mulheres no tráfico. "São fatores diversos, mas, principalmente porque são companheiras de traficantes presos ou mortos", explica o delegado da Denarc. "Mas, em muitos casos, chegamos aos pontos de venda de drogas que realmente eram chefiados por mulheres, sem que estas tivessem vínculo com traficantes homens", diz Viana.
A prova da presença maciça das mulheres no tráfico fica claro quando as autoridades constatam que, a maioria das internas do Presídio Feminino Desembargadora Auri Moura Costa está ali por ter sido presa em flagrante negociando entorpecentes. A pena para o crime de tráfico de drogas, conforme prevê o artigo 33 da lei de número 11.343/06, pode variar de cinco a 15 anos de reclusão. (Fonte: Jornal Diário do Nordeste)
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