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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A sociedade quer o debate, não fujamos dele.

Observo com tristeza que fugir do debate é uma prática costumeiramente adotada em todas as esferas de poder. Recentemente realizamos um debate cujo objetivo era discutir a inclusão social e a construção da cidadania a partir do esporte, debate este fundamentado na existência de uma política desportiva executada pela SEJUVI, cujo próprio nome é Secretaria de Esportes, Juventude e Integração. Como de praxe, em nome da imparcialidade e da isenção, convidamos para participar da discussão pessoas ligadas ao esporte, como professores e dirigentes, além, do secretário de Esportes, maior autoridade do assunto no município.

Mesmo estando na cidade, o secretário não compareceu. Com isso a população deixou de conhecer os projetos que estão sendo executados e quais serão implantados em curto, médio ou longo prazo. E mais: foi privada de participar diretamente, de fazer perguntas, de ter suas dúvidas esclarecidas.

O que se espera daqueles que exercem cargos e funções públicas é atenção para com a sociedade, é que aja com transparência, que esteja aberto para ouvir do elogio à crítica, que preste contas com a população, mostrando o seu desempenho, discutindo os problemas, buscando soluções conjuntas.

O rádio, como concessão pública, com sua responsabilidade social, tem a obrigação de atuar como uma ferramenta de acesso da população a informação, missão essa que nós do Sistema Maior de Comunicação, eticamente executamos. Com seus microfones abertos para o debate, a Rádio Campo Maior quer discutir com a população e com os poderes competentes assuntos relevantes para a coletividade, as atividades desenvolvidas, os problemas, as soluções.

Dar publicidade aos atos da Administração Pública é um preceito constitucional que deve ser observado por todo aquele que tem em suas mãos a responsabilidade de gerir a coisa pública. Deve ser, mas nem sempre é, como vemos na prática.

Entendemos o esporte como uma ferramenta capaz de impactos profundos na sociedade, como meio de se trabalhar a cidadania, de educar, de combater a ociosidade e as drogas dentre outros males que rondam a nossa juventude.

Mais do que a competição o esporte deve buscar a inclusão, cultivar o respeito ao próximo, mostrar o valor do trabalho em equipe, promover a superação dos limites. Por isso acreditamos que essa área deva ser tratada como prioridade sim, mas prioridade mesmo, voltada para as bases, não apenas para a competição, para a notoriedade.

Manter um time de futsal profissional, por exemplo, como acontece atualmente em Quixeramobim, é um investimento, ponto. Manter escolinhas de diversas modalidades esportivas para crianças e jovens, é um investimento social, com efetivo e garantido retorno. Direcionar suas ações sempre buscando em primeiro lugar a população, o povo, deveria ser a principal meta de uma gestão.
O debate construtivo é saudável para o gestor e para o povo, e é, acima de tudo, a concretização da democracia. Que os nossos próximos debates possam contar cada vez mais com a presença das pessoas envolvidas com os assuntos abordados. O microfone está aberto, e o povo com certeza, quer ouvir, quer participar, quer exercitar a sua cidadania e o seu direito a informação.

Direto ao Assunto - Sérgio Machado

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