Vereador denuncia o abandono de todos os centros sociais urbanos da capital

Lendo hoje a coluna política do Diário do Nordeste observei uma notícia que me chamou atenção. Vejam:

Vereador denuncia o abandono de todos os centros sociais urbanos da capital

"Enquanto a Prefeitura alardeia a inauguração dos Centros Urbanos de Cultura e Arte (Cucas), os antigos centros sociais urbanos estão abandonados". Esta foi a declaração feita pelo vereador Plácido Filho (PDT) ontem, na Câmara Municipal de Fortaleza (CMF), sobre a situação dos oito centros sociais que começaram a ser instalados na década de 70 em Fortaleza. Segundo ele, as unidades estão com estrutura deteriorada e a maioria é usada para fins burocráticos.

Plácido colocou que seria muito mais econômico e rápido ter reformado os centros sociais, já que têm o mesmo objetivo dos Cucas, além de atender a mais bairros, já que são oito, enquanto os Cucas são seis. "O Pólo de Lazer da Barra do Ceará, por exemplo, pede socorro. Há lixo, sujeira, abandono, infra-estrutura comprometida". Ele terminou pedindo mais atenção aos centros de lazer.

Pergunto-me:
O que passa pela cabeça dos gestores que preferem torrar o dinheiro público com obras faraônicas, quando menos poderia ser gasto e mais poderia ser feito se os centros que já existem tivessem a devida manutenção ou fossem recuperados.

Por que insistem os gestores nessa prática? Em nome do princípio da economicidade, por que não recuperar, colocar para funcionar o que já se tem? Em Quixeramobim também foi extinto o nosso CSU, uma grande perda para a população.

Substituído por quadras pré-fabricadas e ginásios poliesportivos, o CSU faz falta, pois mais do que um local onde se praticava esporte, se praticava cidadania.

Aos senhores gestores um questionamento: Para quê construir agora, e abandonar depois? Chega de farra com o dinheiro público. Para as construtoras e empreiteiras as obras são fundamentais, para a sociedade, no entanto, interessa que essas obras sejam realmente úteis, que tenham manutenção adequada, que não sejam arruinadas pela ação do tempo e omissão do poder público que as construiu, para que então se tenha que construir de novo.
Por Sérgio Machado