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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

De piano a bandolim, músicos cearenses se desfazem dos próprios instrumentos para pagar as contas durante a pandemia

A pandemia do novo coronavírus impacta na cultura e no entretenimento proibindo a realização de shows presenciais e promovendo a ruptura de alguns laços entre músicos e instrumentos musicais. Para compor a renda mensal, muitos profissionais ofertam o "ganha-pão" com preços baixos na internet. Em Fortaleza, nos sites de vendas, instrumentistas estão comercializando bandolins, baixos, guitarras e até pianos.

O maestro e professor Tiago Nogueira, 35 anos, é um dos músicos afetados com a ausência de shows e aulas presenciais. Com a pandemia, ele perdeu um grande número de alunos particulares e empregos. Atualmente, realiza aulas online para oito pessoas com o auxílio de um teclado que pegou emprestado de uma das empresas em que trabalhou.

Com medo de precisar devolver o equipamento a qualquer momento, Tiago fez uma rifa de um piano que está há mais de 20 anos na família. Da marca Essenfelder, o instrumento serviu para que o maestro aprofundasse os estudos na música.

“Ele é uma relíquia. Hoje, por ser de segunda mão, pode valer uns R$ 5 mil. Um novo, das marcas mais atuais, pode vale uns R$ 14 mil”, explica o maestro. No site da empresa, um piano com características semelhantes custa R$ 23 mil.

A Essenfelder foi fundada em Buenos Aires, em 1889, por Florian Essenfelder. No ano de 1902, a fábrica se mudou para o Brasil, e, após passar pelo Rio Grande do Sul, finalmente estabeleceu-se em Curitiba, em 1909, permanecendo em atividade até 1996. Após ser reaberta, em 2017, a fabricação de instrumentos musicais passou a ser realizada na China e, desde então, a empresa ampliou o ramo de atuação. Além do piano acústico, fabrica, atualmente, piano digital, violão e guitarra. (Do G1-CE)

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