Na tarde de ontem, 03, foi iniciado o Campeonato Cearense de Futebol Feminino de 2017. A competição entra para sua décima edição e tem como instituição organizadora, a FCF – Federação Cearense de Futebol. Mas uma pergunta sempre paira no ar: Como sobrevivem os times de futebol feminino do Ceará?
Não é uma pergunta fácil de responder. Sabemos que o futebol ainda é muito machista e o apoio, que já difícil para o esporte no Brasil, se torna quase mínimo quando o assunto é futebol feminino. Um retrato fiel desta situação são os números de equipes inscritas no campeonato de 2017, que são apenas seis: Anjos do Céu; Caucaia; Menina Olímpica; Pindoretama; Rio Branco e São Gonçalo. Uma redução em relação ao ano passado, onde nove equipes estavam inscritas.
Os custos para uma competição desse porte são grandes e a maioria das equipes que existem não conseguem apoio nem para disputar competições menores, imagina para um campeonato cearense. A cidade de Quixeramobim, no Interior do Estado, conseguiu, no ano de 2016, um feito incrível, que foi participar do campeonato cearense e mais ainda, ser o terceiro colocado. Mas nem de longe foi fácil, porque os recursos eram poucos. Havia as despesas com deslocamento, atletas de outras cidades, alimentação e outras coisas. Mas, com o esforço quase que individual, o time que representava o coração do Ceará conseguiu ser o terceiro melhor time de futebol feminino do Estado.
Porém, mais uma vez, o retrato da dificuldade de se fazer futebol feminino no Brasil e no Ceará se manifesta. Quixeramobim sequer disputará o certame este ano. Assim como ele, várias equipes que participaram do cearense do ano passado, não irão participar da edição 2017.
Respondendo a pergunta inicial: As equipes que sobrevivem em meio a tanta falta de apoio, seja do poder público, seja da iniciativa privada. Sobrevivem por meio de muito suor derramado, daqueles que não querem ver o futebol feminino sucumbir, então gastam seu tempo e seu dinheiro em prol da causa.
É necessário que a sociedade se dê conta da importância do esporte para uma nação. Ele, como educação, forma cidadãos e pode transformar a realidade de uma pessoa, de uma família e de um país.
Apoiemos o esporte nos seus mais variados estilos e gêneros e veremos o poder transformador que o mesmo detém. (Do Repórter Ceará – Foto: Daniel Kfouri)

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