Indicação de genro põe Eunício em saia justa

O Senador Eunício Oliveira (PMDB) vem pagando o preço pela indicação de seu genro Ricardo Fenelon júnior para o cargo de diretor da ANAC(Agência Nacional de Aviação Civil). O nome de Ricardo será submetido hoje, 05, à sabatina na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, assim como o de outro indicado, o advogado José Ricardo Botelho de Queiroz.

Apesar de relatórios favoráveis dos senadores peemedebistas Sandra Braga(AM) e Valdir Raupp(RO), as indicações são criticadas desde o primeiro anúncio porque, devido a importância do órgão, que controla uma das atividades mais importantes do País, a aviação, envolvendo a vida de milhares de pessoas que utilizam transporte aéreo, esperava-se que  os cargos fossem ocupados por técnicos e não por apadrinhados políticos.

Nesse sentido, a  Seranac (Associação dos Servidores e Colaboradores da Anac) lançou um abaixo-assinado on line contra o apadrinhamento político na agência e criticando a utilização de critérios políticos para a nomeação dos diretores, além de cobrar  que a Anac seja conduzida “por pessoas com elevado conceito no campo da aviação”. A entidade destaca, ainda, que “a complexidade de suas atribuições e o seu impacto sobre a sociedade explicam a racionalidade por trás da exigência de que os diretores da agência tenham elevado conceito no campo de especialidade’’.

A Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves(Appa) também se manifestou contra as indicações e enviou uma carta aberta endereçada ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), na qual  pede aos senadores que rejeitem as duas indicações e avaliem que os indicados não possuem a experiência requerida para exercer os cargos.

Segundo a carta, “não é admissível supor que em poucos meses a Anac corra o risco de ter entre seus mais antigos diretores pessoas que não acumulam a experiência esperada para o exercício das suas funções’’.

Vamos nós
 
Presidente da Executiva Regional e líder do partido no Senado, Eunício Oliveira, não se manifestou diante das críticas e protestos. Tem se mantido silente, ou melhor, agindo como se não tivesse nada a ver com isso. Com certeza, seus adversários não tem memória curta e lembram bem quando,   discursando durante a homologação de sua candidatura ao governo do Estado nas últimas eleições,Eunício Oliveira bateu forte nos Ferreira Gomes, ao afirmar :“Eles não podem perder o governo porque dependem dele. E nunca tiveram uma carteira assinada como eu tive”. Mas, o tempo passa e o que se vê é que sempre há um parente, um correligionário, querendo garantir seu lugarzinho ao Sol... Resta agora a Eunício portar-se com discrição para não arranhar ainda mais sua imagem.


Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação