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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Artigo: “Jaime Aqui – O legado de uma legenda”

Com o titulo acima segue o artigo encaminhado pelo Prefeito municipal de Quixeramobim Cirilo Pimenta, ao blog:

Três coisas são necessárias para a salvação do homem: saber o que deve crer, saber o que deve desejar, saber o que deve fazer. O pensador, filósofo e teólogo Santo Tomás de Aquino assim definiu, seguindo a ótica cristã, o perfil do homem virtuoso. E o que é um homem virtuoso? É o que exercita a virtude do ponto de vista filosófico, ou seja, tem a disposição de praticar o bem; e não é apenas característica, trata-se de verdadeira inclinação, que o leva ao caminho do bem. E é possível imaginar que um empresário economicamente tão bem situado possa, num sistema capitalista, onde a concorrência e o individualismo são mantras da sociedade moderna, manter comportamento ético e linear conduta empresarial? É sim e o exemplo é a vida de Jaime Tomaz de Aquino, empresário e fundador da Cione, morto no último dia 16, aos 91 anos.

Jaime nasceu em 26 de março de 1924, em Jaguaribe, e tem biografia similar a de muitos nordestinos vencedores, que enfrentaram vicissitudes em vida emblemática, posto que ficou órfão de pai e mãe aos 15 anos. A mão generosa do destino o fez ser cuidado por dom José Terceiro de Sousa, vigário de Pereiro. Trabalhou como caminhoneiro e iniciou os negócios vendendo sacas de castanha nas confeitarias e fábricas de chocolates. Guardadas as proporções e período histórico em que cada um viveu, Aquino está no mesmo panteão de virtuosos como Irineu Evangelista de Sousa e Delmiro Gouveia.

Seguindo a lógica do ínclito Santo, Jaime Aquino sabia no que devia crer e cultuou valores como ética e solidariedade acima, muito acima dos descaminhos que a ambição desmesurada pelo vil metal podem proporcionar. Soube dimensionar o desejo maior em sua vida que foi o trabalho como caminho para o sucesso. E teve a exata noção do que fazer para alcançar objetivos traçados ao longo de sua existência ao encerrar ciclo vital profícuo, deixando como legado de sucesso a Cione, a maior exportadora de castanha de caju do Brasil, responsável por sete mil empregos diretos.

Apostou na agricultura em um país, e, muito especialmente, região em que tal peleja é desigual e muitas vezes inglória. Faço minhas as palavras do deputado Carlos Matos que definiu Jaime Aquino: “Um ícone do agronegócio que soube combinar a capacidade de produzir e industrializar, fazendo com maestria enorme sempre. Usou tecnologia e paixão para se destacar no negócio. Criou alternativas para aplicação do caju, mas sem perder a expressão no segmento.” Pinço ainda, do testemunho de Matos, definição sobre o empreendimento de Jaime: “Muitas empresas ficaram no meio do caminho. A dele não. Jaime parecia ter sentido de missão, para além do objetivo de gerar lucro”. Asseguro que Aquino era, na concepção exata do termo, empreendedor admirável. Empreendedor que iniciou algo novo, que via o que ninguém via, que realizou antes, que saiu da área do sonho, do desejo.

Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação

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