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segunda-feira, 2 de março de 2015

"Quem produzirá no campo para sustentar a cidade?"

Com o título acima, eis o texto enviado pelo amigo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Madalena e vice-presidente regional do Sertão Central da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), Francisco Almir Frutuoso Severo:

"Seja seca ou inverno, a cada dia que passa a mão de obra se torna mais escassa no Sertão. A migração para os centros urbanos vem aumentando paulatinamente e as pessoas perdendo a identidade com o campo.

Vários fatores contribuem para essa realidade, a começar pela falta de políticas públicas que ofereçam ao homem do campo, ao invés de esmolas, oportunidades para trabalhar e produzir. Através do sistema atual, cedo é incutido na cabeça das crianças que o campo é um ambiente de extrema dificuldade e que estas tem que se prepararem para alcançar novos horizontes no meio urbano, onde muitas vezes lhes faltam oportunidades, causando frustrações que os fazem enveredar por outros caminhos. Estudar e adquirir conhecimentos é fundamental, só não entendemos o porque das ações governamentais contribuírem tanto para desviar as pessoas do convívio no meio rural.

Uma criança ou até mesmo um adolescente trabalhando no campo, mesmo que seja no regime de agricultura familiar, o fato é considerado como exploração do trabalho infantil e tratado como crime, no entanto, crianças e adolescentes podem trabalhar nas telenovelas, algumas delas não recomendadas para o público menor de 18 anos, sendo tratadas precocemente e entrevistadas como celebridades que desenvolvem um grande trabalho profissional. Porque então, que as crianças e adolescentes desta mesma faixa etária e que não são dotadas da vocação para o trabalho artístico não podem, além de estudar, trabalhar?

Certamente alguns defensores do sistema que está aí irão discordar do nosso ponto de vista, no entanto, é o que pensamos!"

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