A campanha começou com um sinal nítido de afastamento entre petistas ligados à prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), e o grupo do partido mais alinhado ao governador Cid Gomes (PSB). Ontem, o secretário municipal Geraldo Accioly bateu pesado nos três secretários do PT que reassumiram, nesta semana, seus cargos no Governo.Accioly chegou a recomendar a saída de Camilo Santana (Cidades) da sigla, acusou Nelson Martins (Desenvolvimento Agrário) de “subserviência” e criticou o que chamou de “incompetência gerencial” de Francisco Pinheiro (Cultura). A pressão é crescente sobre os integrantes da administração estadual.
O petista Geraldo Accioly é coordenador de Projetos Especiais da Prefeitura, mas enfatizou, em conversa com O POVO, que as críticas são feitas “como militante”. Ele recomendou que Camilo Santana tome a mesma atitude que o pai, Eudoro Santana, e que peça desfiliação do PT (ver texto abaixo) – abrindo mão, também, do mandato como deputado estadual. Para o secretário municipal, a saída de Camilo dos quadros petistas é questão de tempo.
Sobre Nelson Martins, Accioly ironizou seu retorno ao Governo. “Acho que ele estava com saudade dos gritos do Arialdo Pinho (chefe da Casa Civil), que, aos berros, por telefone, mandou que demitisse injustamente um servidor. E Nelson cumpriu com subserviência acachapante”.
Sobrou, ainda, para Pinheiro. “Tanto faz colocar ele lá como não, a Cultura vai ficar estagnada. Considero irresponsabilidade do Governo manobrar a Cultura para fazer politica”. Accioly acrescentou que, se fosse prefeito ou governador, teria dificuldade para encaixar Pinheiro em um cargo, “pela sua absoluta incapacidade gerencial”.
Crítica pessoal
O coordenador de Articulação Política da Prefeitura de Fortaleza, Waldemir Catanho, procurou O POVO para ressaltar – em nome de Luizianne e do candidato petista à sucessão municipal, Elmano de Freitas – que a manifestação de Accioly é pessoal. Catanho quis deixar claro que os três secretários estaduais afirmaram estar comprometidos com a campanha de Elmano e que a intenção do grupo é deixar para trás o episódio do retorno ao Governo – e, não, remoer qualquer mal estar.
Procurado para rebater as críticas, Francisco Pinheiro disse nem querer saber o que Accioly havia comentado e que as críticas fazem parte do “clima eleitoral”. Procurado através de suas assessorias de imprensa, Camilo não foi localizado até o fechamento desta edição. O contato com Nelson Martins, por meio de seu telefone pessoal, também não foi possível. (Fonte: O Povo Online)
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