Após o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), apresentar uma proposta de novo plebiscito sobre o desarmamento no País, a discussão foi reiniciada em todas as esferas do poder. Para o senador, a tragédia ocorrida na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, na manhã da quinta-feira, 7, em que o atirador Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola e promoveu o massacre de 12 crianças, deixando 22 feridas e em seguida se matou, justifica repetir a consulta popular. A interrogação proposta por Sarney para o novo plebiscito é a mesma de 2005: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?".
Em todo o país a indústria de armas movimentou em 2010, o equivalente a R$ 900 milhões. O Brasil ocupa a quarta posição no ranking dos países produtores de armas leves, sendo 95% da produção exportada. O número é preocupante, e em território nacional a estimativa é de que haja 16 milhões de armas em circulação, sendo que deste total 14 milhões estariam sob o poder de civis.
A discussão já chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o último ministro a ser empossado, Luiz Fux, declarou recentemente em entrevista ao site G1.COM, que não deve ser feita nova consulta popular sobre desarmamento em razão da tragédia em Realengo, no Rio de Janeiro, e sim, aplicar a lei e estabelecer uma política pública de recolhimento de armas. Defensor do desarmamento, ele avaliou que o "povo votou errado" ao manter, no referendo de 2005, o comércio de armas de fogo.
Já o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, declarou nesta quinta-feira, 14, que será articulado, em breve, um gabinete de gestão integrada em parceria com o Governo do Paraná para aumentar o policiamento na fronteira com o Paraguai e combater a entrada de armas no Brasil.
O presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, acredita que a tragédia em Realengo poderá fazer a população mudar de idéia sobre a comercialização de armas no País.
Em meio às discussões que se instauram na sociedade, o Portal do Sistema Maior de Comunicação ( www.sistemamaior.com.br), disponibiliza a partir deste sábado, 16, uma enquete sobre o tema, com a seguinte pergunta: "O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?". O internauta pode acessar o site e registrar sua opinião.Em breve o resultado será divulgado.
Postado por: Jornalismo - SMC
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