O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que a preocupação do governo quanto à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte é fazer com que ela seja um “modelo”, mas sem deixar de dar importância aos “nossos índios, nossos produtores rurais, nossos povos ribeirinhos”.
- Nós tivemos uma redução de 60% na área ocupada pelo reservatório da usina. O lago previsto hoje é 40% daquilo que era previsto anteriormente. Nós estamos cuidando da preservação de mais áreas indígenas (...) As pessoas não terão prejuízo, pelo contrário, o que nós queremos é que a hidrelétrica signifique um ganho para essas pessoas, uma melhoria na qualidade de vida dessas pessoas.
O presidente rebateu as críticas sobre a construção destacando os blecautes ocorridos no país em 2001.
- Obviamente que sempre vai ter aqueles que não querem que a gente faça, porque tem aqueles que esperam que haja sempre uma desgraça no país para eles poderem encontrar um culpado. Nós temos aí a indústria do apagão, pessoas que não querem que a gente construa a energia necessária porque querem que tenha um apagão para poder justificar o apagão de 2001. O apagão de 2001 foi incompetência, e nós não vamos ter atos de incompetência.
Preço
Lula destacou que a energia hidrelétrica ainda é a mais barata, comparada com outras formas de geração - ele apresentou os comparativos: o MW/h (megawatt/hora) gerado por Belo Monte vai custar R$ 78; o MW/h de uma usina eólica (que produz energia a partir do aproveitamento da força dos ventos) custa R$ 150 reais; e o de uma usina a gás custa cerca de R$ 200.
- O que nós precisamos é trabalhar com muito cuidado para fazer as hidrelétricas da forma mais cuidadosa possível, causar o menor impacto ambiental possível.
“Finalmente vai sair”
O presidente disse estar feliz porque “depois de 30 anos, finalmente”, a usina hidrelétrica de Belo Monte “vai sair”. Na semana passada, Lula disse que o governo, por meio das estatais, poderia assumir sozinho a construção da usina, em meio às ameaças da construtora Queiroz Galvão em deixar o consórcio Norte Energia - que venceu o leilão para a construção da usina no Rio Xingu (PA).
- Nós, enquanto Estado brasileiro, empresa pública, faremos sozinho (a usina) se for necessário (...) No leilão, entra quem quer e sai quem quiser, depois [da licitação]. Não tem nenhum cadeado na porta. Não tem problema.
Lula ainda citou a importância do empreendimento para a economia do país.
- Um país que quer ser a quinta economia do mundo e oferecer ao investidor energia, tem que pensar cinco anos para a frente. E é por isso que estamos fazendo essa (Belo Monte), Santo Antônio, Jirau, Estreito e o Complexo do Tapajós.
(Fonte: noticias.r7.com)
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