Os manifestantes que ocupavam o plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal desde a última quarta-feira deixaram na madrugada de hoje o local após um acordo com o presidente interino da Casa, deputado Cabo Patrício (PT).
O grupo ocupa, agora, apenas a área de galerias da Câmara, de onde vão assistir à sessão extraordinária prevista para hoje para a leitura de dois pedidos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (DEM) já acatados pela Procuradoria e mais um da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Antes do acordo, os manifestantes afirmavam que só deixariam o local após a saída de Arruda e de seu vice, Paulo Octavio (DEM), do governo do DF. Eles são suspeitos de participarem diretamente do esquema de pagamento de propina a aliados no DF.
Ontem, a juíza Júnia de Souza Antunes, do TJ (Tribunal de Justiça) do Distrito Federal, determinou que a reintegração de posse do plenário da Câmara Legislativa fosse cumprida imediatamente pela Polícia Militar.
Se a ordem não fosse cumprida em 24 horas, ela determinava que a reintegração fosse feita pela Superintendência da Polícia Federal.
A juíza, em seu despacho, afirmava ainda que o secretário de Segurança Pública do DF, Valmir Lemos, seria processado por desobediência se a reintegração não fosse feita em 24 horas.
O coronel do 3º batalhão da PM, Claudio Armon, disse ontem que faltou efetivo para fazer a desocupação. "Esse [12 homens] não é um efetivo para a reintegração. Para usar esse número diante desses 60 manifestantes, teríamos de usar força desnecessária", disse ele.
Acusações
Durval Barbosa, ex-secretário do governo do Distrito Federal, realizou uma série de gravações com câmaras escondidas para flagrar o esquema de pagamento de propina no governo do DF.
Pelo esquema, empresários ligados ao governo repassavam recursos a integrantes do Executivo local que, posteriormente, o encaminhavam a parlamentares aliados na Câmara Legislativa, numa espécie de mensalão.
O ex-secretário de Arruda aceitou fazer as gravações, autorizadas pela Polícia Federal, em troca de receber o benefício da delação premiada, uma vez que responde a mais de 30 processos na Justiça.
O governador aparece em um dos vídeos recebendo dinheiro de Barbosa que, segundo Arruda, foram declarados à Justiça Eleitoral durante a campanha de 2006.
Barbosa flagrou secretários de governo, deputados distritais e assessores recebendo dinheiro no esquema.
Arruda nega qualquer participação no episódio, assim como Paulo Octavio. O vice-governador não aparece nas imagens, mas seu nome é citado numa série de conversas em que se tratava a partilha do dinheiro levantado no esquema de corrupção.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br)
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Manifestantes desocupam plenário da Câmara Legislativa do DF
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