Campanha do Hemoce pretende atingir 10 mil doações até o fim da Copa

A 15 dias do início da Copa do Mundo, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) lançou, na manhã de ontem, a campanha “Nossa torcida é pela vida. Doe Sangue”. O objetivo é convidar a população a doar sangue no período que antecede o Mundial até o último dia de jogo, 13 de julho. A meta, conforme a diretora geral do Hemoce, Luciana Carlos, é alcançar 10 mil doações em 48 dias.

“Nós sabemos que durante o período de jogos, a maioria das pessoas vai comemorar, e não doar sangue. Por isso nos preocupamos em fortalecer o nosso estoque”, afirma Luciana. Segundo ela, outro ponto importante para o lançamento da campanha é o fato dos índices de acidentes aumentarem durante os grandes eventos, podendo crescer também a demanda de transfusões.

A torcedora tricolor Lívia dos Santos, 30, se prepara para fazer a entrevista necessária para doar sangue, ato que, segundo ela, faz sempre que pode, e conta que já estava passando da hora de doar. “A última vez que eu doei foi em novembro. É algo que eu faço para ajudar quem precisa, independente da ocasião. O importante é salvar vidas”. Já o doador Francisco Marcos, torcedor do vovô, elogia a campanha e reconhece a importância de aumentar o estoque em eventos como a Copa. “É um período em que as pessoas se dispersam, não lembram que doar é fundamental”.

Segundo a Secretaria do Turismo de Fortaleza (Setfor), a Capital receberá, durante a Copa, mais de 350 mil visitantes. O excedente de pessoas aglomeradas em bares, festas e demais comemorações, causa um iminente risco de acidentes e possíveis emergências na Capital e demais centros urbanos. Por isso, o Ministério da Saúde prevê que os hemocentros do País devem aumentar em 30% seus estoques para todos os tipos sanguíneos.

Conforme Nágela Lima, coordenadora de Captação de Doadores do Hemoce, o estoque do Hemoce hoje é considerado regular, mas não é o ideal para receber um evento grande como a Copa do Mundo. A coordenadora explica ainda que todos os tipos de sangue são bem-vindos, mas o foco é no O positivo, presente na maioria da população, e no O negativo, tipo raro, presente em apenas 5% das pessoas. (Fonte: O Povo)