A ação é conjunta com a Receita Federal e Ministério Público Federal (MPF). Ao todo, são cumpridos 15 mandados de prisão e 70 de busca e apreensão em dez municípios de quatro estados do Brasil. Além disso, foi determinado o afastamento de um delegado da Polícia Federal do exercício do cargo. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Campinas. Veja as cidades:
Fortaleza (CE)
Aquiraz (CE)
Brasília (DF)
Paraty (RJ)
Guarujá (SP)
São Paulo (SP)
Campinas (SP)
Valinhos (SP)
Indaiatuba (SP)
Sumaré (SP)
A operação recebeu o nome de Black Flag. Pelo menos 220 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal participam da ação. Entre as medidas cumpridas nesta terça, está o bloqueio de contas e investimentos no valor de R$ 261 milhões, sequestro de bens imóveis e congelamento de transferências de bens móveis.
Em Campinas, os mandados são cumpridos em escritórios, residências e até um SPA localizado no Cambuí, um dos bairros nobres da metrópole. Durante as buscas, pelo menos dez carros de luxo, entre eles Porsche, BMW, Mercedes-Benz, Land Rover e Volvo, foram apreendidos e encaminhados à sede da PF na cidade.
De acordo com a Polícia Federal, a investigação começou há dois anos e as fraudes foram descobertas a partir de ações da Receita, que verificou "movimentações financeiras suspeitas". Com a instauração do inquérito, a corporação descobriu "uma complexa rede de pessoas física e jurídicas fictícias" na região de Campinas responsável por movimentar o valor bilionário em operações financeiras.
Para proteger o patrimônio, foram criadas empresas para assumir a propriedade de bens e blindar o grupo de eventuais ações fiscais. Os créditos já apurados pela Receita Federal ultrapassam R$ 150 milhões. A origem dos recursos que iniciaram o sistema de fraude é pública, considerando que a primeira companhia fictícia obteve um contrato com uma agência de fomento econômico estatal e outro com a Caixa Econômica Federal, no valor total de R$ 73 milhões.
Segundo a Receita Federal, a participação inclui um grande grupo de profissionais, como advogados e contadores, além de responsáveis por falsificação de documentos. Recentemente, o responsável pela organização passou a atuar no ramo de energia solar e criou uma Offshore - empresa em país de baixa tributação - para justificar a origem do dinheiro.
O nome da operação, Black Flag (bandeira preta, em inglês), é uma alusão ao término das atividades ilegais da organização através da ação da polícia, assim como acontece na desclassificação de corredores automobilísticos que descumprem regras do regulamento e recebem a bandeirada preta. A referência é porque parte dos recursos dos desvios financiava o esporte automobilístico dos principais investigados.
Os envolvidos responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, crimes contra a ordem tributária, estelionato, falsidade ideológica e material e organização criminosa, de acordo com a PF. (Do G1-CE)
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