Em Quixeramobim e Quixadá é preciso analisar da renovação na Câmara Municipal, que no primeiro município chegou a casa de 70%, à derrota de uma figura tradicional da política regional: o prefeito em quarto mandato, Ilário Marques.
O retorno de Cirilo Pimenta ao comando da Prefeitura quixeramobinense também se configurou em números como um fato histórico. Após 32 anos, o município voltou a registrar 4 candidatos. Mesmo assim, a diferença do 1º (Cirilo Pimenta, 23.712) para o 2º colocado (Clébio Pavone, 11.980) foi quase 100% dos votos obtidos por Pavone, que é o prefeito em primeiro mandato. Uma diferença nunca antes obtida em outras disputas.
Quando somada a votação dos três derrotados, a diferença cai para 1.598 votos em relação a Pimenta. Mas não foi só isso. A Câmara Municipal de Quixeramobim ampliou de 15 para 17 vagas. Deste total, 12 serão ocupados por novos nomes, se é que podemos classificar desta forma (Dos 12, 6 já foram vereadores em legislaturas passadas).
Outro dado importante é a saída de 9 nomes carimbados da política local do Legislativo. Um recado das urnas aos ex-candidatos e também aos novatos. É preciso refletir profundamente as ações do Legislador no exercício do mandato. É preciso analisar as falhas e fazer diferente. Uma avaliação que só cabe a cada envolvido no pleito. A população mostrou que coloca, segue vigilante e não hesita em tirar.
Em Quixadá, a derrota de Ilário para o neófito Ricardo Silveira foi uma clara decisão da população, que já havia apostado em João da Sapataria em outra ocasião. Seu desempenho insatisfatório deu a Marques um retorno, mas não sua permanência para o quinto mandato. O cansaço do eleitor precisa ser levado em consideração.
É necessário mostrar serviço. Fazer mais e melhor. Cada pleito é uma nova história.
por
Fabiano Barros
Coluna site Repórter Ceará
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