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terça-feira, 13 de agosto de 2019

Quixeramobim 230 anos: A Ponte Metálica

Foto: Arquivo/SMC
A maior ponte ferroviária do Nordeste foi moldada nos fornos da indústria metalúrgica da Bélgica para, desmontada e em navio, chegar ao Brasil no último quartel do século XIX. Em 1899 foi montada sobre os pilares de pedra fincados no leito do rio Quixeramobim. A Estrada de Ferro de Baturité, com o prolongamento previsto, não deitaria seus trilhos bitolados por Quixeramobim. Comendador Garcia, idealista e amante da sua terra, deslocou-se para o Rio de Janeiro onde, pessoalmente, tratou com D. Pedro II, que o atendeu: a fumaça da Maria jorraria sob o nosso céu e o apito do trem soaria nestas plagas, por muitos realmente ouvido, menos por ele, o protagonista do feito, pois às 21 hs do dia 10 de março de 1894, contando apenas 45 anos de idade, teve a vida extinta de forma violenta ao retornar para casa após exaustivos preparativos para a grande e esperada inauguração do dia seguinte, a sonhada estrada de ferro.

Hoje, os trilhos mudaram o curso, restando a ponte, monumento que simboliza a capacidade humana de transpor obstáculos e aproximar os seres, haveres e viveres de todos os sertões.

Um comentário :

  1. Conheço esta ponte desde menino. Atravessei-a, muitas vezes, na juventude, com medo de escorregar, ao pisar em algumas tábuas mal cuidadas e despencar do alto nas pedras ou na areia do rio, sobretudo no inverno. Na época, década 60, era mais seguro ir pulando de dormente em dormente, mas se tornava muito perigoso quando ao nosso encontro vinha um trem a apitar pedindo passagem e tínhamos que, nas laterais, procurarmos meio de não sermos esmagados ou projetados lá embaixo. Pior, se a composição era longa e lenta, ou se tínhamos que atravessá-la forçadamente à noite, no escuro, quando voltávamos de pescaria e, por o rio achar-se em cheia, não o podermos transpor a pé. Que bom ainda esteja de pé! --Renato Saldanha.

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