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quarta-feira, 11 de julho de 2018

Iluminação pública em Quixeramobim: A falta de transparência e as deficiências mesmo diante de uma arrecadação milionária

Não é muito difícil transitar por Quixeramobim e perceber a deficiência na iluminação pública de algumas ruas e espaços públicos. A equipe de jornalismo do Sistema Maior de Comunicação apurou a situação do setor no município, sua manutenção e a execução do serviço, hoje, parte disso, terceirizado à uma empresa.

Conforme matéria divulgada nesta segunda-feira, 09, inúmeras são as reclamações envolvendo a falta de iluminação. Hoje, 10, a reportagem se dirigiu até a sede da Pavvi, em Quixeramobim, empresa responsável pelas ações de manutenção, e constatou que, o local não é um escritório, mas sim, um anexo, onde ficam todos os instrumentos para a realização de operações na iluminação da cidade, conforme revelou um funcionário.

Em conversa com a reportagem, um dos funcionários da empresa também ressaltou que a entidade não é responsável pela instalação de lâmpadas em postes que nunca possuíram iluminação. É apontada uma falha da gestão em não ter incluído o serviço na licitação, pois, constantemente, novas residências e ruas são criadas.

Alguns dos relatos feitos à reportagem por populares, fazem menção a luzes de postes acesas durante todo o dia e lâmpadas queimadas que não são trocadas há cerca de um mês. A licitação para contratação da empresa ocorreu no ano de 2017 com duração de um ano, finalizando em 07 de novembro deste ano, no valor total R$ 2.038.556,74.

A reportagem apurou que em 2015 a Prefeitura iniciou janeiro arrecadando R$ 182.196,64 de taxa de iluminação pública e fechou o ano com R$ 293.351,06, um aumento de pouco mais de 60% em apenas um ano. Se levarmos em conta o valor que se arrecadou em dezembro de 2015, teoricamente, nos últimos doze meses, teríamos arrecadado R$ 3 milhões e meio de reais, e o valor licitado atualmente é de R$ 2.038.556,74. Ou seja, a Prefeitura ainda consegue ter saldo, mesmo pagando a empresa, já que o cálculo foi baseado em números de 2015, quando a quantidade de usuários era menor. Diante do quadro, é questionado à gestão a falta de transparência na aplicação deste recurso restante.

Outro grave problema apontado foi o funcionamento do call Center por parte da Pavvi, que só foi oficializado e divulgado o seu funcionamento pela gestão apenas 5 meses após a homologação do contrato. Detalhe, à época de lançamento do número, houveram relatos de dificuldades de usuários em conseguirem completar a ligação.

Além da sede urbana, o edital de licitação ainda prevê a realização dos serviços de manutenção preventiva e corretiva da iluminação pública nos distritos de Quixeramobim, onde também se percebe reclamações sobre o assunto.

A Coordenação de Jornalismo do Sistema Maior de Comunicação entrou em contato com o setor jurídico da empresa. Inicialmente a Pavvi afirmou que o valor exercido por ela ‘é condizente com o praticado atualmente no mercado’ e que quando a empresa iniciou a prestação do serviço quase 50% dos ‘4 mil pontos de iluminação estavam apagados, e já houve a correção destes’.

Sobre o funcionamento do call Center, preferiu apenas afirmar que através do sistema ‘consegue realizar mais de 20 atendimentos de manutenções diários, fora as manutenções detectadas in loco, ocorre que quase 70% das ligações são para realização de obras, ou seja, instalações de novas luminárias e postes e isso têm que ser autorizado pela gestão’.

A mesma afirmou que segue ‘atendendo plenamente ao que foi estabelecido contratualmente, e está a inteira disposição para quaisquer esclarecimentos’.
Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação

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