Indagado sobre o que é o suicídio no campo científico, o médico respondeu: “É uma questão social de todas as sociedades, do ser humano e suas condições psicossociais”. Conforme Magno, toda sociedade tem sua cota de casos suicidas e ressaltou que “até hoje ainda não se conseguiu nenhuma metodologia eficaz que pudesse trazer uma prevenção social”.
Prevenção
Durante a entrevista, o psiquiatra também falou como o serviço de saúde age nesses casos: “É claro que tem categorias que podemos prevenir. Um exemplo é quando a pessoa tem depressão. Se a família perceber que ela está mudando, mesmo fazendo o tratamento, é importante procurar o serviço de saúde, assim teremos mais chances de atuar. O mesmo vale para uma pessoa que era muito extrovertida e alegre, e de repente muda. Mas tem uma parcela da população que nos escapa e escapa a ciência. Então, essas pessoas têm seus próprios problemas pessoais e sociais e a gente precisa respeitar. O maior problema do suicídio é quando a gente julga e culpabiliza”.
Setembro Amarelo
Quanto à questão do sentimento de culpa que fica após casos de suicídio, o médico ressaltou que “as famílias, infelizmente, ficam com uma carga muito grande de culpa. Acho que a mensagem mais importante desse Setembro Amarelo é a de que ninguém tem poder para produzir suicídio em outra pessoa. Isso é uma questão que já vem amadurecendo, psicologicamente e inconscientemente, muitas vezes, sendo uma força muito poderosa. Então, eu não posso ser o responsável.
Quixeramobim
“O município já teve uma média de suicídio maior do que a média do Estado. Esse ano, nós ainda não sabemos”, disse o médico, ressaltando que diversos órgãos da cidade estão estudando, através de um trabalho intersetorial, maneiras de prevenir o suicídio. (Do Repórter Ceará)
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