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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Não passa de discurso político: Por que a pavimentação asfáltica do trecho Algodões-Canafístula não sai do papel?

Desde o primeiro governo de Cid Gomes, de 2007 a 2010, passou a se intensificar a busca pela concretização do projeto de pavimentação asfáltica do trecho compreendido entre as comunidades de Algodões, sede do Distrito de Damião Carneiro, e Canafístula, zona rural de Quixeramobim.

O trecho tem apenas 9 quilômetros, mas um dilema que se arrasta há anos. Os anúncios políticos de que o trecho Quixeramobim-Madalena seria asfaltado reacendeu a possibilidade de que o projeto pudesse contemplar o trecho. O que não ocorreu.

De fato, a obra da rodovia iniciou no ano de 2010 e finalizou em maio de 2012, ano de disputa eleitoral municipal. Muito se prometeu que o trecho iria ser pavimentado, mas até agora, não saiu do papel.

Na realidade, um processo licitatório chegou a ser realizado e a empresa Cosampa foi a vencedora, mas conforme revelou César Barreto, superintendente adjunto do Departamento Estadual de Rodovias (DER), em janeiro de 2016, o Estado não tinha caixa para financiar a obra e o projeto foi engavetado até que uma posição fosse dada.

O tempo passou e outro problema surgiu: a empresa contratada à época não manifestou mais interesse em realizar a obra, o que seria justificado pelo fato da demora na decisão de alocação de recursos, além do valor previsto na licitação, que hoje estaria defasado, impossibilitando a construção.


Entrevista de César Barreto à Rádio Campo Maior, em 26 de janeiro de 2016.

Consultados pela reportagem, engenheiros civis avaliaram rapidamente que o preço da obra fique em torno atualmente de 7 a 9 milhões de reais. À época a empresa teria vencido a licitação com um valor quase três vezes menor que esse.

Procurado pela reportagem na última quarta-feira, 30/08, o DER não trouxe mais detalhes da problemática envolvendo a obra, mas revelou que, para executá-la, uma nova licitação terá que ser realizada.

“O DER informa que a obra terá que passar por uma nova licitação, pois o processo anterior não tem mais validade. O órgão está analisando o projeto da referida obra”, disse em nota a Assessoria de Comunicação do órgão estadual.

Mas afinal, o que falta para a obra ser realizada?

A resposta para essa questão é simples: Força política. Caberá à classe política local conseguir junto ao Governo do Estado que a obra seja colocada dentro do mapa de prioridades. Sem cobrança local, o projeto permanecerá dentro de uma gaveta e a população que tanto sonhou com a pavimentação da CE 166-265 (Quixeramobim-Madalena), lamenta o pequeno trecho até hoje não ter sido pavimentado.

Lideranças políticas locais que também trabalharam para que a demanda fosse atendida, acreditam que a pavimentação da estrada Canafístula-Algodões, fortaleceria a possibilidade de futuramente ser pavimentado também o restante do trecho até o município de Quixadá, beneficiando outras diversas comunidades.

O projeto de indicação para estadualização da estrada passou a tramitar este ano na Assembleia Legislativa, pelas mãos da deputada Rachel Marques. O objetivo da proposição é melhorar o tráfego e o desenvolvimento econômico em locais estratégicos da região do Sertão Central com a estadualização do trecho que liga a sede de Quixadá a CE-166, cruzando o distrito do Custódio, em Quixadá, e o distrito de Damião Carneiro, em Quixeramobim.

O trecho representa uma das principais vias de escoação da produção local.

E enquanto isso?

Enquanto isso, a população mais uma vez aguarda que alguma liderança política resolva a situação e desengavete de vez o projeto.

Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação

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