O senador Tasso Jeireissati (PSDB/CE) disse ontem (18) acreditar que as votações iniciais do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado repitam o resultado desfavorável ao governo que ocorreu dia 17 na Câmara dos Deputados. A declaração foi dada em entrevista coletiva em Fortaleza.
“Nessa primeira votação, que deve ocorrer na comissão especial e no plenário, a tendência é acompanhar a Câmara. Depois, são mais seis meses e é muito difícil prever”, disse o senador, reafirmando a posição do PSDB de ser a favor do impedimento da presidenta. “A votação de ontem foi expressiva e mostra que o governo perdeu qualquer condição de governabilidade.”
Tasso defende que a única decisão que daria “certa grandeza” à presidenta e resolveria a instabilidade no país seria a renúncia. “Fora isso, não vejo nenhuma posição que possa melhorar a imagem da presidente.”
Um dos nomes cotados para a presidência da comissão especial é a do senador Antônio Anastasia (PSDB/MG). Segundo Tasso, Cássio Cunha Lima (PSDB/PB) e Aloysio Nunes (PSDB/SP) completam a representação da sigla no grupo e ele estaria na suplência. O Senado tem 48 horas a partir de hoje para compor a comissão.
Tasso também falou sobre a possibilidade de o vice-presidente Michel Temer assumir a presidência no caso do afastamento de Dilma. O senador disse que o PSDB deverá preparar um documento com princípios do partido para apoiar o vice-presidente caso ele assuma a função. Entre esses princípios, estarão a defesa de apoio ao juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato.
“Temer é uma incógnita. Ele é um político experiente, com larga visão de mundo, é professor de Direito Constitucional, tem nível e condições para fazer esse trabalho de transição. Agora resta esperar um pouco para ver quais serão suas iniciativas.” (Da Agência Brasil)
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