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quinta-feira, 19 de março de 2015

Em declínio, Dnocs espera por reestruturação e renovação do quadro de pessoal

Quixadá - Símbolo das obras de combate aos efeitos da seca, o Açude Cedro, que começou a ser construído em 1890, não abastece mais a cidade (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Foto: Fernando Frazão
O Açude Cedro, em Quixadá, no Sertão Central, é considerado um símbolo das obras de combate aos efeitos da seca. O projeto foi iniciado durante o Império, movido pelo impacto da chamada Grande Seca de 1877, que provocou intenso êxodo rural e milhares de mortes por doenças, fome e sede. A obra do açude teve início em 1890 e só foi concluída em 1906.

Hoje, o açude é somente um símbolo. As águas do Cedro não abastecem mais a cidade de Quixadá há pelo menos seis anos. Dos 126 milhões de metros cúbicos da capacidade total, hoje restam cerca de 4,3 milhões. E o nível das águas, segundo o administrador do açude, José Almir Benício, vem caindo ao longo dos anos.

As famílias que moram às margens do Cedro não se servem mais das águas, a não ser para pescar o cará-tilápia. O vigilante Erasmo dos Santos, 42 anos, diz que a última vez que viu o açude transbordar foi em 1989. O agricultor Francisco Elzo Pinheiro da Silva, o “Chico Preto”, contou que viu as águas em seu volume máximo há mais de 40 anos.

O Cedro foi o primeiro açude público do Brasil e hoje é um dos 327 administrados pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), cuja atuação abrange os estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais.

“A grande dificuldade é água para o consumo humano, para os animais e nos perímetros irrigados. A água é um item sobre o qual não temos comando. O que podemos fazer é tentar construir mais e mais açudes para que supram, na emergência da seca, o abastecimento das populações”, afirma o diretor-geral do Dnocs, Walter Gomes de Sousa.

Criado em 1909 como Inspetoria de Obras contra as Secas (Iocs), o órgão tem uma longa história de ações que envolveram a construção de estradas de ferro e de rodagem e de outras obras públicas.

O diretor-geral lembra a importância do departamento ao longo dos anos, citando a cooperação com prefeituras para a construção de mais de 600 reservatórios e de perímetros irrigados (área onde há sistema de fornecimento de água vendida para a agricultura) em todos os estados em que atua - o Ceará conta com 14. (Da Agência Brasil)

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