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| Foto: Fernando Frazão |
Hoje, o açude é somente um símbolo. As águas do Cedro não abastecem mais a cidade de Quixadá há pelo menos seis anos. Dos 126 milhões de metros cúbicos da capacidade total, hoje restam cerca de 4,3 milhões. E o nível das águas, segundo o administrador do açude, José Almir Benício, vem caindo ao longo dos anos.
As famílias que moram às margens do Cedro não se servem mais das águas, a não ser para pescar o cará-tilápia. O vigilante Erasmo dos Santos, 42 anos, diz que a última vez que viu o açude transbordar foi em 1989. O agricultor Francisco Elzo Pinheiro da Silva, o “Chico Preto”, contou que viu as águas em seu volume máximo há mais de 40 anos.
O Cedro foi o primeiro açude público do Brasil e hoje é um dos 327 administrados pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), cuja atuação abrange os estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais.
“A grande dificuldade é água para o consumo humano, para os animais e nos perímetros irrigados. A água é um item sobre o qual não temos comando. O que podemos fazer é tentar construir mais e mais açudes para que supram, na emergência da seca, o abastecimento das populações”, afirma o diretor-geral do Dnocs, Walter Gomes de Sousa.
Criado em 1909 como Inspetoria de Obras contra as Secas (Iocs), o órgão tem uma longa história de ações que envolveram a construção de estradas de ferro e de rodagem e de outras obras públicas.
O diretor-geral lembra a importância do departamento ao longo dos anos, citando a cooperação com prefeituras para a construção de mais de 600 reservatórios e de perímetros irrigados (área onde há sistema de fornecimento de água vendida para a agricultura) em todos os estados em que atua - o Ceará conta com 14. (Da Agência Brasil)

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