O Comandante Geral da Policia Militar do Ceará, Coronel Lauro Carlos de Araújo Prado, reuniu-se no início da tarde de hoje, 02, na sede da Promotoria de Justiça da Comarca de Quixeramobim com o promotor Igor Pinheiro e os advogados dos policiais militares, Lutero Queiroz e Evando Tavares, que reivindicam o retorno dos 33 militares transferidos de Quixeramobim.
A transferência em massa dos policiais ocorreu no início de agosto e gerou indignação da classe e principalmente de seus familiares. Associação das Esposas dos Policiais Militares de Quixeramobim chegou inclusive a realizar uma manifestação pelas principais ruas da cidade no dia 05 de agosto e divulgar uma carta cobrando explicações do Comando Geral da Polícia Militar.
A vinda do comandante geral ao município no início da tarde de hoje foi mais uma oportunidade para que a Associação manifestasse sua indignação com a decisão do Comando. Um grupo de esposas se concentrou em frente à Promotoria do município. Com faixas, as mulheres cobravam explicações do comandante.
Em entrevista, o Coronel Lauro Carlos disse que a decisão foi para o bem da comunidade: “Espero que a comunidade seja a maior beneficiada com isso, uma vez que o interesse foi visando a melhoria do policiamento local”. Ainda sobre a transferência, o comandante garantiu que o fato não se deu por motivação política: “Não houve interferência política, foi uma decisão administrativa entre eu e o secretário de segurança pública”.
Sobre a reunião, Prado afirmou que se tratou de uma conversa normal: “O promotor está na função dele de fiscalizar as ações e nós estamos aqui para prestar os esclarecimentos”.
De acordo com os advogados dos 33 transferidos, onze conseguiram através de liminar o retorno para Quixeramobim. Entretanto, o Comandante Geral informou que ainda não foi notificado da decisão: “Ouvi através da imprensa, mas não fui citado formalmente”, disse.
Em carta, a associação das esposas afirma que as famílias dos policiais foram “drasticamente” prejudicadas: “Nos afastaremos do esposo, do pai, do filho, e a comunidade porque deixará de receber os serviços de profissionais moradores da cidade, que conhecem sua gente, que sabem lidar com as dificuldades da segurança sem deixar de atender a população”, diz a nota.
Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação
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