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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Romaria da Terra de Canudos: Exemplo de Conselheiro na luta contra a seca e chamamento dos jovens à Igreja marca evento na Bahia

Estátua de Conselheiro
Foi realizada nos dias 18, 19 e 20 de outubro, na cidade de Canudos, Estado da Bahia, a 26ª Romaria da Terra, com o tema: “Os jovens e o Meio Ambiente na História Viva de Canudos”. Quixeramobinenses integrantes da Fundação Canudos e da Ong Iphanq participaram do evento.
Quixeramobinenses em visita à Canudos
Embora distantes cerca de 700 km, as duas cidades possuem laços extremos na história devido a luta de Antonio Vicente Mendes Maciel, o Antonio Conselheiro, que nasceu em Quixeramobim, no Ceará e depois de muita persistência e luta por dias melhores e iguais para todos, construiu a cidade de Canudos, na Bahia.
Romeiros
A Romaria da Terra é organizada pelo Instituto popular Memorial de Canudos (IPMC), Paróquia Santo Antonio de Canudos, Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Prefeitura Municipal de Canudos. O município recebe todos os anos romeiros e romeiras de várias cidades para conhecer a cidade, o Parque Estadual e para participar do tradicional evento.
Ruínas da Velha Igreja de Canudos construída por Conselheiro
A luta contra a seca foi um dos principais pontos abordados nas discussões da Romaria. Como conviver com a seca? De que forma as políticas públicas de prevenção a seca estão sendo desenvolvidas? Foram algumas das questões levantadas. O Fórum de Desenvolvimento Local Sustentável de Canudos e o Projeto Canudos ajudaram a fomentar as discussões.
Águas do Açude Cocorobó
Os quixeramobinenses também participaram da programação. Foi apresentado na noite do sábado, 19, o monólogo “Antonio, o Conselheiro”, que retrata em textos retirados de “Os Sertões”, a obra de Euclides da Cunha e músicas do Cordel do Fogo Encantado, relatos da guerra e de Antonio.
Rio Vazabarrís
Segundo comparativo dos quixeramobinenses que participaram do evento em 2012, este ano, durante a visita ao Parque Estadual, espaço cuidado pela UNEB, o açude Cocorobó- que cobriu a velha Canudos -, está muito seco, dando inclusive para visualizar espaços jamais vistos em outras épocas.
Solo seco do Açude Cocorobó
“Estar em Canudos é reviver tudo novamente. É o espetáculo continuando, e o espetáculo não pode parar de forma alguma. A partir das ideias que Conselheiro protagonizou naquela época e não só protagonizou, mas ele executou de fato, e por isso o espetáculo real não pode parar”, afirmou João Paulo professor e amante da história de Conselheiro.
Professor João Paulo gravando poesias
Antes de chegar nas terras de Canudos, a comitiva quixeramobiense esteve no município de Chorrochó, a pouco mais de 100 km de Canudos, cidade esta onde Antonio construiu a primeira Igreja na Bahia antes de fundar a velha Canudos, às margens do Rio Vaza Barris.
Romeiros
 “Conselheiro ensinou a todos nós nordestinos que é possível não ficar nessa mendicância de miséria. Conselheiro construiu uma cidade na região mais seca do sertão baiano, uma região de dificuldade, e mostrou que é possível viver mesmo diante dessa adversidade”, ressaltou o historiador Neto Camorim.

Durante o evento o historiador entregou a Paróquia Santo Antonio de Canudos e à UNEB, uma cópia do batistério de Antonio Conselheiro, documento este conseguido junto a Diocese de Quixadá, a qual pertence a Paróquia de Santo Antonio, de Quixeramobim.
Professor Neto Camorim em entrevista ao SMC
“Quixeramobim e Canudos precisam criar mais laços. É um compromisso nosso e deles de se aproximar. A gente tem muito a aprender juntos. Temos um vínculo forte, que é a figura de Conselheiro. A história tem que ser reconstruída através desta relação”, disse Neto. Canudos é sempre viva na memória dos filhos de Quixeramobim, e por isso os laços entre as duas cidades permanecerão vivos.

Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação

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