Fábrica da Aniger vai elevar produção da Nike

Pensando no aumento da produção dos produtos Nike, impulsionado em grande parte pela Copa do Mundo em 2014, a Aniger vai inaugurar, no início do próximo ano, uma nova planta em Tauá. Com investimento total de R$ 40,9 milhões, a fábrica deve empregar inicialmente 400 funcionários, chegando a 950 na etapa posterior do projeto.

A ideia da empresa é transferir parte da produção de marcas próprias para Tauá, a fim de liberar espaço na fábrica de Quixeramobim para expansão da produção da Nike. De acordo com o diretor presidente da empresa, Sérgio Ermel, os postos de trabalho serão mantidos e possivelmente até ampliados. "Iniciamos com 500 funcionários, hoje temos 3,5 mil. O Estado é um parceiro, hoje podemos ver o resultado positivo que provocamos na região. Não produzimos apenas calçados, fazemos uma interação com a cidade", diz.

Marcas famosas

A Aniger é uma fabricante de calçados que produz marcas conhecidas mundialmente como Nike, Quiksilver, além das marcas próprias Miezko, Okean, Petit Jolie e Zenska, também vendida em diversos países. A fábrica ocupa uma área de 26mil m² e produz diariamente 26 mil pares de calçados - destes, 15 mil são da marca Nike. A produção é verticalizada, de modo que todos os componentes são produzidos e executados em Quixeramobim, como solados, costuras, bordados e revestimentos.

Ceará é referência

A qualidade na produção da fábrica de Quixeramobim foi referência internacional na Nike - a Aniger em Quixeramobim foi eleita por dois anos consecutivos como a melhor qualidade de produção Nike do mundo. O índice é medido baseado no número de reclamações e devoluções dos produtos, muito baixo na base cearense. Além do Ceará, apenas dois estados produzem Nike no Brasil: Rio Grande do Sul (Coopershoes) e Bahia (Dass).

Segundo o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado (Cede), Alexandre Pereira, a mão de obra cearense é um diferencial para as grandes empresas. "Temos um povo disposto, empreendedor por natureza, para o governo é muito gratificante ver o sertão central produzindo a marca mais famosa do mundo", afirmou o secretário.  (Fonte: Jornal Diário do Nordeste)