À luz do dia: Assaltantes aterrorizam população de Quixeramobim

A onda de assaltos em Quixeramobim demonstra a ousadia dos bandidos que atuam em todas as áreas da cidade, inclusive em ruas movimentadas do centro, sem o menor pudor. Depois de um assalto a uma ótica por volta das sete horas da manhã e tentativa de assalto a uma padaria por volta das 15:00h na terça,  na manhã de hoje, 18,  mais uma tentativa de assalto foi registrada contra uma pedestre, na Rua Dr. Miguel Pinto.

Segundo populares, os bandidos agem tranquilamente, com a cara limpa e, na grande maioria dos casos, há o envolvimento de menores, que se beneficiam do tratamento que lhes é dado graças ao Estatuto da Criança e do Adolescente e, sentindo-se impunes, acabam voltando a delinqüir.

Roubos de celulares acontecem com tanta freqüência que muitas vítimas nem mais procuram a Polícia para fazerem o registro de ocorrência. Uma estudante relatou que foi abordada recentemente por um bandido que conduzia uma motocicleta na Avenida Geraldo Bizarria de Carvalho. O criminoso levou-lhe o aparelho celular e uma bolsa com outros pertences, além de exigir-lhe a entrega de um jaleco. Segundo a vítima, o assaltante ainda informou-lhe que ia praticar um segundo assalto ao ver outra estudante se aproximar do local, o que só não ocorreu, segundo ela, porque o bandido teve um problema mecânico com a motocicleta e desistiu do crime.

Indignada, a população pede às autoridades providências no sentido de inibir a atuação dos bandidos. Um funcionário público que pediu para que seu nome não fosse revelado, desabafou à nossa equipe: “A gente não sabe mais o que fazer. A polícia prende num dia e no outro, o bandido tá solto, assaltando de novo, não acontece nada. E as pessoas tem até medo de denunciar porque sabem que eles podem voltar e fazer pior”.

A impunidade acabou levando a um ato de violência. Na segunda, 15, após ser reconhecido pelas vítimas e confessar à Polícia a participação em dois assaltos a estabelecimentos comerciais ocorridos no sábado, 13, na companhia de um menor, de 17 anos, um jovem de 21 anos de idade foi seguido, após sair da Delegacia de Polícia Civil, juntamente com seu pai, por três homens que ocupavam um carro e que os agrediram a pauladas.

“Fazer justiça com as próprias mãos”, diga-se de passagem, é crime. A população precisa que a polícia atue na prevenção das ocorrências e na elucidação dos crimes, mas precisa também acreditar na Justiça, que os acusados sejam devidamente punidos, nem que para isso sejam necessárias mudanças na lei.

Da Redação.

Postado por: Jornalismo - SMC