Quixeramobim: Artesãs do bordado vendem pela internet

Um grupo de mulheres deste município com habilidades manuais está em busca de novos mercados. Conhecidas como "Mãos de fada" o grupo de produção artesanal começa a encontrar na internet mais uma alternativa para comercialização de seus produtos. São peças de roupas e linhas de cama, mesa e banho, todas bordadas manualmente.

Com o auxílio da ferramenta virtual, elas pretendem elevar as vendas em, pelo menos, mais 30%. O site, http://www.bordadosmaosdefada.com.br/, será atualizado para atender as novas exigências do mercado.

Conforme a coordenadora do Mãos de Fada, Ione Shelyda Pimentel, o grupo conta com mais de 60 artesãs. Cada uma delas produz, em média, 200 peças por mês. No caso das colchas de cama, os números são um pouco menores. Afinal, demora cerca de 45 dias para aprontar cada uma delas. Mas, unidas, poderão atender à demanda solicitada. Entretanto, os pedidos são aceitos somente dentro do cronograma de produção. Quando chegarem ao limite acionarão o aviso: fila de espera.

O preço unitário das peças variam de R$ 18,00, nas calcinhas, até R$ 500,00, valor de cada colcha trabalhada. Há possibilidade de faturamento médio para cada uma delas de até R$ 3 mil. Mas como a arte é pouco valorizada pelos conterrâneos, a alternativa foi buscar outras clientelas. As feiras estaduais promovidas com o apoio do Sebrae são um exemplo. O Mãos de Fada participou, recentemente, de uma delas em Brasília.

Na próxima semana estarão participando de uma Roda de Negócios, voltados ao artesanato, em Fortaleza. Na avaliação da articuladora regional do Sebrae, Wilma Almeida, Quixeramobim possui, atualmente, cinco grupos distintos de artesãos.

O Mãos de Fada se destaca em matéria de bordados. Todavia, na opinião dela, é preciso ter cautela ao apostar no comércio virtual. Apesar dos trabalhos serem excelentes, é importante ter cuidado ao atender a clientela. Quando um pedido não é atendido, os efeitos são negativos e facilmente se espalham. As artesãs estão atentas a isto, pois têm um nome a zelar. (Do Jornal Diário do Nordeste)