Enquanto o Nordeste vivencia o segundo ano consecutivo de uma das piores secas de sua história, obras que poderiam minimizar os efeitos da falta de água no sertão ainda se arrastam sem previsão de término. Iniciada há cinco anos, embora o projeto embrionário tenha sido apresentado há mais de 100 anos, somente 40% das obras da Transposição das Águas do Rio São Francisco foram concluídas. Os custos, inicialmente orçados em R$ 4,5 bilhões, quase duplicaram, chegando a R$ 8 bilhões.
Especialistas e lideranças cearenses apontam que falta de pressão política, mau planejamento e corrupção favorecem a morosidade da obra. O objetivo da transposição é formar uma sinergia hídrica capaz de ampliar a capacidade de armazenamento dos açudes. A estimativa do Ministério da Integração Nacional é de que a obra beneficie aproximadamente 12 milhões de pessoas, em especial dos estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Apesar de a empreitada ter sido mais amplamente debatida nas últimas décadas, o assunto já vinha sendo discutido desde o século XIX. Em 1847, o engenheiro cearense Marcos de Macedo defendeu a ideia da transposição do Rio São Francisco no Parlamento. Nos anos 1960, foi a vez do deputado Wilson Roriz, do Crato, levantar a bandeira, mas ainda como voz isolada. (Do Jornal Diário do Nordeste)
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