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sexta-feira, 1 de março de 2013

Artigo: "Ave, d. Pedro II, o Estadista"

Com o título, "Ave, d. Pedro II, o Estadista", eis o artigo do prefeito de Quixeramobim, Cirilo Pimenta, veiculado nesta sexta-feira, 01, no O Povo Online.

"O monarca Pedro II foi considerado por historiadores como um erudito. O imperador estabeleceu reputação como um vigoroso patrocinador do conhecimento, cultura e ciências, além de destacada formação humanista. Isso explica a postura de estadista do imperador ao implementar iniciativas que visavam combater às estiagens que sempre castigaram o Nordeste. Em seu reinado, Pedro II, sensibilizado com a calamidade das secas de 1877, 1878 e 1879 que se abateu sobre a região, autorizou a construção do açude Cedro, no município de Quixadá.

A barragem, com capacidade para acumular 126 milhões de metros cúbicos, foi erigida numa época em que o estado do Ceará tinha menos de 200 mil habitantes. Visionário, o imperador também instituiu a primeira Comissão Federal de Combate à Seca, embrião do Dnocs.

Depois dele, importância teve a ação do presidente Juscelino Kubitschek que construiu os açudes do Orós e Banabuiú como forma de garantir água e ocupação na seca de 1958. Nesta década, o Ceará tinha 2 milhões de habitantes. Mais recentemente, o presidente Fernando Henrique Cardoso construiu o maior de todos os açudes do Nordeste, o Castanhão, quando o Ceará já tinha 6 milhões de habitantes. Portanto, veja e compare as ações de hoje com as de ontem e quanto as do passado se revelam mais eficazes num tempo em que os instrumentos da ciência e da tecnologia eram precários.

Não se concebe que, em pleno século XXI, milhões de animais do rebanho de nossa região sejam dizimados por falta de pastagem provocada pela longa estiagem que ora assistimos. O que falta, em nossa opinião, é uma política pública de Estado que priorize ações que transformem o semiárido do Nordeste em uma região produtiva, imune aos fenômenos naturais deletérios tão conhecidos por todos nós.

Na verdade, a universalização da água no Nordeste nunca foi prioridade para os governos, a não ser nos discursos. Diferentemente quando da decisão de colocar energia para todos. O governo quis e colocou. O mesmo se pode dizer em relação à telefonia. Cabos de fibra ótica atravessaram oceanos e rasgaram estradas e caminhos Brasil afora. Outro exemplo bem atual é o da Copa do Mundo. Em menos de dois anos, o Brasil vai investir R$ 32 bilhões para atender compromissos contratuais com a FIFA. Ou seja, quando se estabelece prioridade, as coisas acontecem. O pior é que as estruturas erguidas no presente podem se tornar, no futuro, elefantes brancos. Enquanto isso, o povo nordestino toma água de qualidade duvidosa transportada em carros-pipa e assiste, desolado, à dizimação de seu rebanho.

Cirilo Pimenta
cirilo@quixeramobim.gov.br
Médico veterinário e prefeito de Quixeramobim".

Postado por: Jornalismo - SMC

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