Quixadá: Moradores preocupados com crise na área da saúde

O tenso clima político na área da saúde pública deste município na primeira semana do prefeito eleito, João da Sapataria, como o comerciante João Hudson Bezerra é mais conhecido, está preocupando parte da população desta cidade. Cinco dias após assumir o cargo de titular da Secretaria de Saúde, o médico Ricardo Silveira foi exonerado. Aliando-se aos fatos do incêndio de medicamentos do estoque municipal no mês passado e a precariedade de funcionamento do Hospital Municipal Eudásio Barroso muitos aguardam um breve desfecho para os problemas. A dona-de-casa Maria Lúcia Ferreira é um deles. Procurou o hospital, mas não foi atendida. Não havia médico.

No dia anterior a sua exoneração, Ricardo Silveira havia dado entrevista ao Diário do Nordeste. O médico havia definido a situação do Hospital Municipal como crítica. Segundo ele, a unidade regional de assistência à saúde está parcialmente interditada pela Vigilância Sanitária do Estado. Também estavam faltando medicamentos. O estoque existente foi perdido no incêndio ocorrido no almoxarifado e na farmácia do anexo da Secretaria de Saúde, no mês passado. Para reduzir os riscos aos pacientes internados, Ricardo Silveira já estudava a transferência deles para o Hospital Maternidade Jesus Maria José.

Sobre os medicamentos, Ricardo Silveira havia explicado já ter solicitado ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), a antecipação da cota itens enviados trimestralmente para Quixadá. Os remédios, na maioria antidepressivos e ambulatoriais, devem chegar até o fim do mês. Além da Sesa, as prefeituras de Fortaleza e de Tabuleiro do Norte também estavam fornecendo medicamentos para o município. Não havia mais necessidade dos próprios pacientes e parentes comprarem esparadrapos, gases e até luvas para receberem o socorro ambulatorial. (Do: Jornal Diário do Nordeste)