Mamão, acerola, tomate, beterraba, cenoura, pepino, couve-flor, cebolinha, pimentão, alface, abóbora, manga, maracujá. Todos esses produtos são cultivados em uma área de menos de meio hectare. A diversidade das espécies é fruto da dedicação de mulheres da agricultura familiar nos Sertões de Canindé, que estão dando exemplos de como conviver com o semiárido e driblar a seca. A jovem Antônia Joice Gomes, de apenas 16 anos, depois das aulas na Escola de Carnaubal, coloca a mão na terra e vai produzir tomate, pimentão, pimenta de cheiro e coentro no pequeno espaço que lhe pertence na comunidade.
"Minha vida mudou completamente", diz ela, ao participar do projeto Quintais Produtivos, desenvolvido pelo Instituto Agropolos, em parceria com Organizações não Governamentais que prestam assistência técnica, vinculadas ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Ematerce.
Antes de participar do programa, a agricultora vivia só do estudo. Ela conta, emocionada, que enfrentava sérias dificuldades financeiras e até alimentícias. "Minha vida era só sofrimento. Isso aqui é minha maior riqueza. Daqui eu tiro meu sustento".
Antonieta Oliveira da Silva é outra produtora que ocupa uma área de meio hectare para produção de mamão. A Ematerce e o Instituto Agropolo disponibilizam assistência técnica e extensão rural aos agricultores rurais do projeto, além de capacitação e disponibilização de mudas e sementes. "As políticas públicas desenvolvidas pelo Governo do Estado visam, melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares cearenses e, neste foco, está a melhoria da qualidade nutricional de suas famílias", afirmou o gerente local da Ematerce, Domingos Sávio. Ele também informou que a empresa, neste contexto, vem trabalhando com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimento (PAA), este último, que abrange as ações desenvolvidas nas escolas da cidade.
Bom desempenho
"Em todo o Estado, temos conhecimento de ações exitosas como esta, e ficamos gratificados constatando o seu bom desempenho, ao atingir metas que levam alternativas de renda e de boa alimentação para os agricultores, sejam no campo ou na cidade", complementou o Gerente.
"Estas mulheres são pessoas carentes, que não tinham nenhuma perspectiva, e ganharam um lote de terra. Com essa iniciativa puderam garantir o sustento digno para a família e ainda têm a tranquilidade de comercialização do excedente da produção, em feira que acontece todas as quartas na Praça Azul no centro comercial de Canindé", enfatiza Domingos Sávio.
Ele ainda destaca que, no projeto, a terra é tratada de forma ecologicamente correta. "As plantas e hortaliças são cultivadas apenas com adubo natural, proveniente do esterco de gado, sem o uso de produtos químicos e agrotóxicos". (Fonte: Jornal Diário do Nordeste)
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