Com financiamento da Delegação da União Europeia (UE) no Brasil, o programa, realizado pelo Centro de Estudos, Articulação e Referência sobre Assentamentos Humanos (Cearah Periferia) e Centro de Pesquisa e Assessoria (Esplar) pretende capacitar 900 mulheres cearenses na geração de emprego e renda.
Além de Quixadá, Ocara e Pacatuba serão contemplados. O programa será realizado nos próximos três anos, atendendo 300 mulheres em cada um deles. Em Pacatuba, o lançamento acontecerá no próximo sábado dia 10, às 18h, na Praça da Juventude, durante a final da escolha da mais bela mulher do Município.
Segundo a coordenadora do projeto, Marta Sileda Costa, o objetivo é contribuir com o fortalecimento político e econômico de grupos de mulheres no Interior do Ceará, ao mesmo tempo favorecer o desenvolvimento local sustentável, com geração de renda e garantia de direitos sociais. Quando estiverem capacitadas terão atuação política qualificada e em práticas de geração de renda, baseadas em grupos comunitários e/ou empreendimentos coletivos solidários.
A ideia é formar pelos menos, 15 grupos de mulheres em cada um dos Municípios compostos. As atividades serão desenvolvidas, principalmente, através de momentos teóricos e práticos com diversas oficinas, cursos, intercâmbios, feiras, encontros, busca de parcerias para os empreendimentos produtivos e formação de cooperativas autônomas e independentes.
Protesto
Mas o dia não foi só de comemoração. Como tem ocorrido nos últimos quatro anos em Quixadá, trabalhadoras rurais filiadas aos sindicatos da categoria do Sertão Central, participaram da manifestação conhecida internacionalmente como "Marcha das Margaridas". Na mobilização, articulada pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece), protestaram em frente ao Banco do Nordeste.
Elas também fizeram manifestação em frente ao posto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Dentre as reclamações da categoria estão o atraso nos agendamentos eletrônicos de processos negados, demora nas perícias médicas, entrevistas demoradas com perguntas indiscretas, as quais não condizem com a identificação do assegurado e este mau atendimento de alguns servidores.
"Às vezes debocham da gente porque somos pobres. Certa vez perguntaram a um vizinho se além de feijão e mandioca eu também plantava macarrão", desabafou a agricultora Joana Alves de Lima. Ela mora na localidade de Lagoa da Jurema, no distrito de Tapuiará, a 25Km do Centro de Quixadá.
Na audiência pública promovida pela Câmara Municipal de Quixadá clamaram pelo fim da violência contra a mulher, melhor acolhimento do gênero nas delegacias de polícia da Região, punição exemplar para os agressores e proteção para as vítimas da violência doméstica. (Fonte: Jornal Diário do Nordeste)
Mais informações:
Cearah Periferia
(85) 3261.2607
Fetraece
(85) 3231.5887
Fortaleza (CE)
Postado por: Jornalismo - SMC
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