Na delegacia, o acusado confirmou o delito, mas alegou ter se apropriado apenas de um litro. Estava com “sede”. Francivaldo disse também aos policiais que costuma consumir em média cinco litros de cachaça por dia, geralmente graças à “caridade” dos amigos, uma dose aqui, outra ali. Como não consegue controlar o vício e não pode trabalhar por conta da tremedeira, vez por outra se aproveita do descuido da dona do bar e tira um litro da prateleira. “Mas garanto que dou mais lucro pra ela do que prejuízo. Quando não estou insistindo com os amigos para tomarem uma no botequim dela com certeza o movimento cai pela metade”, reclamou.
Como ocorreu com os dois menores, acusados do roubo de R$ 2,00, contra os quais foi elaborado Termo de Ato Infracional, o delegado Marcos Sandro de Lira foi obrigado a lavrar o flagrante do desempregado. Independente do valor, quando infrações dessa natureza são praticadas, a autoridade policial é obrigada a instaurar o inquérito sob possibilidade de responder por prevaricação. Como não teve condição de pagar o valor mínimo da fiança arbitrada, pouco mais de R$ 200,00, Francivaldo foi recolhido para a cadeia pública de Quixadá.
Postado por: Jornalismo - SMC / Com adaptações do Diário Sertão Central
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