Repórter Ceará aborda a inclusão social de idosos e pessoas com deficiência

Os movimentos de nível nacional e internacional, têm a cada ano tentado buscar um consenso para formatar uma política de inclusão de pessoas portadoras de deficiência na escola regular. Alguns passos fundamentais devem ser avaliados para converter o quadro de marginalização dessas pessoas, como por exemplo, a alteração da visão social, a inclusão escolar, comprimento da legislação vigente, maiores verbas para programas sociais, uso da mídia e de novas tecnologias.

Dando sequência à série de entrevistas promovidas pelo programa Repórter Ceará, da Rádio Campo Maior AM 840, a militante do Partido dos Trabalhadores no município de Quixeramobim, Antonia Félix, (conhecida por Toinha do PT), participou do programa no último dia 15, destacando suas ações no âmbito da inserção dos idosos e de pessoas com deficiências no meio social.

Inicialmente, a entrevistada fez uma avaliação sobre a situação da inclusão de pessoas com deficiência no meio social, “é um importante tema porque cerca de 15% da população brasileira tem algum tipo de deficiência e por uma questão cultural, essas pessoas foram ao longo da sua vida muito invisíveis, e graças as conquistas dos movimentos que defendem os direitos humanos, essas pessoas vem avançando e conseguindo se tornar visíveis perante a sociedade.”

Antonia frisou a questão da acessibilidade. Para ela é de fundamental importância que essas pessoas estejam na escola, “as pessoas com deficiência tem direito de estudar, e quando nós estamos falando de inclusão social claramente estamos tratando disso”. Ela ainda destacou que é direito da pessoa com deficiência, física ou mental estudar na escola pública, na rede regular de ensino.

Alguns ouvintes participaram, como foi o caso da Sra. Maria das Graças, residente no Bairro Planalto Sabonete, mãe de uma menina de 6 anos, que tem uma deficiência. Maria relatou a situação da mobilidade da criança. Segundo ela, no transporte escolar o espaço da criança às vezes é desrespeitado pelos próprios colegas de escola. Para Antonia não há uma deficiência que exija que a pessoa seja reservada do convívio com a sociedade, a entrevistada inclusive orientou a ouvinte a solicitar as autoridades o transporte especial para sua filha.

Outro assunto abordado foi a situação dos idosos no Brasil. Ela apresentou uma pesquisa da Fundação Perseu Abramo que revela, 6% das violências sofridas pelos idosos no país acontecem nos postos de saúde, “assim como as pessoas com deficiências os nossos idosos possuem preferência no atendimento estabelecido em Lei, e muitas vezes não é compreendido, tanto pelas pessoas que atendem, quanto pela sociedade em geral”.

A entrevistada defende políticas públicas que priorizem o atendimento a saúde do idoso, sobretudo de forma preventiva, garantindo um envelhecimento com dignidade, com autonomia. “Temos avançado no atendimento às doenças crônicas, mas essas políticas devem estar relacionadas a prevenção das doenças”.

Antonia defende uma atuação mais enérgica dos Conselhos de Saúde na promoção e no atendimento mais humanizado pra os beneficiários da saúde pública. Para ela, garantir a efetivação dos direitos dos deficientes e dos idosos e sua inclusão é uma mudança que tem que começar pela sociedade e não apenas pelos deficientes e idosos, pois é dever não só do Estado, mas de toda sociedade assegurar os mecanismo de inclusão social.

Saiba Mais
Inclusão social é um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada, dentre outras causas, pela classe social, origem geográfica, educação, idade, existência de deficiência ou preconceitos raciais.

Postado por: Jornalismo - SMC