REDIRECIONAMENTO

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Em Choró moradores reclamam de orelhões quebrados


População de Choró e Ibaretama reclama de telefones públicos danificados e sem funcionamento

Até o início desta década, os orelhões, como são conhecidos popularmente os telefones públicos espalhados por todo o País, eram o principal meio de comunicação para a população menos favorecida. Muitas vezes havia até fila nas cidades do interior. Hoje, esses tipos de aparelho estão sendo abandonados e desprezados. Mesmo assim, há quem ainda necessite deles para se comunicar. Apesar da telefonia celular ter chegado na maioria das cidades, a nova tecnologia ainda deixa a desejar. Vez por outra falha. O jeito é recorrer à velha maneira de dizer "alô".

O orelhão ainda é procurado por quem necessita fazer ligações para familiares que moram em outras cidades. Quem recorre a celular, reclama do preço. "Os créditos acabam rapidinho. Mal dá para falar", disse a estudante Ana Lúcia Silva.

Mas encontrar um orelhão sem defeito para se comunicar está ficando cada vez mais difícil. Choró, a pouco mais de 20Km de Quixadá, é um exemplo. A população reclama que a maioria dos aparelhos está inativa e danificada. Nem mesmo o aparelho instalado na porta do destacamento policial escapa. Estava caído, literalmente, na porta do posto policial. Segundo o cabo PM Filho há mais de oito meses o orelhão encontrava-se sem sinal e com o mastro enferrujado. Nos casos de emergência, a população está recorrendo aos telefones celulares dos policiais.

Quando o telefone tem linha, é possível fazer a ligação, quem está do outro lado não escuta nada. E quando se consegue um aparelho em condição de falar e ouvir, após andar por toda a cidade, o usuário é obrigado a segurá-lo enquanto conversa. Arimar de Sousa Silva passou por essa experiência. Ele e outros moradores suspeitam da atitude da empresa responsável pela manutenção. "Essa é uma forma de forçarem a gente a recorrer ao celular, para lucrarem mais", comentou uma moradora que não quis ser identificada.

A dona de casa Maria de Lurdes Alves perdeu a conta de quantas vezes ligou reclamando que o orelhão instalado em frente a sua residência estava no chão. "Ligamos muitas vezes reclamando. Deram o prazo de 24 horas, mas já se passaram oito meses e nada. A solução que encontramos foi amarrá-lo na árvore ao lado".

Os mesmos problemas são enfrentados pelos moradores de Ibaretama, a pouco mais de 20Km de Quixadá. Lá também estavam sendo obrigados a fazer ligações de cócoras. O orelhão estava caído ao lado da Câmara de Vereadores. Os reparos foram feitos após alguns meses, mas conforme a população, a maioria continua com defeito.

Inspeção

A Oi, concessionária responsável pelo sistema de telefonia fixa nas duas cidades, informou que vai acionar técnicos especializados para vistoriar o Município de Choró. Se for constatado que os aparelhos estão danificados, serão normalizados os seus serviços o mais brevemente possível. A companhia ressaltou que o serviço de telefonia pública de Ibaretama já se encontra funcionando normalmente. Acrescenta que, como os orelhões estão instalados em vias e estabelecimentos públicos sofrem, diariamente, danos por vandalismo.

Entre janeiro a março deste ano, do total aproximado de 49 mil orelhões instalados no Ceará, em média, 9% foram danificados a cada mês.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

Nenhum comentário :

Postar um comentário

O blog Quixeramobim Agora é uma ferramenta de informação que tem como características primordiais a imparcialidade e o respeito a liberdade de expressão.

Contudo, em virtude da grande quantidade de comentários anônimos postados por pessoas que se utilizam do anonimato muitas vezes para ferir a honra e a dignidade de outras, a opção "Anônimo" foi desativada.

Agradecemos a compreensão de todos, disponibilizando desde já um endereço de email para quem tiver interesse em enviar sugestões de matérias, críticas ou elogios: jornalismo@sistemamaior.com.br.

Cordialmente,
Departamento de jornalismo