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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Gasto com pessoal deve sofrer maiores cortes

Na tentativa de otimizar os gastos, o Governo anunciou um corte de R$ 500 milhões no custeio da máquina pública, 12% do total de R$ 4,3 bilhões. As áreas afetadas só deverão ser anunciadas na sexta-feira, mas desde já a expectativa é de que as secretarias tenham que conter principalmente os gastos com pessoal, segundo analistas e representantes setoriais.

O temor é de que alguns terceirizados sejam dispensados e que os cortes possibilitem uma margem menor para negociação de reajustes de servidores, segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (Mova-Se).

O coordenador geral do Mova-se, José Airton Lucena Filho, explicou que os gastos com terceirizados é muito grande para o Estado e representa em média três vezes a mais que o custo com um servidor. Segundo ele, como na iniciativa privada, o terceirizado acarreta encargos como Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

“Nós achamos uma incoerência nas ações do Governo. O Governo faz declarações de que o Estado está em uma condição muito boa e agora diz que vai ter que fazer cortes”, ressaltou.

Airton Lucena não soube precisar o total de terceirizados e de servidores nas secretarias. No entanto, segundo ele, em algumas secretarias os funcionários equivalem ao dobro dos concursados.

Despesas do Governo

Além dos terceirizados, o Governo deverá gastar melhor em outras áreas a fim de não inchar o Estado com recursos e não acarretar inflação, segundo o economista da Universidade Federal do Ceará (UFC), César Pontes.

O ajuste fiscal e o controle dos gastos públicos poderiam ser algumas das formas mais eficazes de contenção da inflação e poderiam eviar constantes elevações na taxa básica de juros, a Selic.

Pontes explicou que essa contenção da inflação é uma das medidas angariadas pelo Governo de Dilma Rousseff. Segundo ele, áreas como saúde e educação, embora representem os maiores gastos, não deverão sofrer grandes cortes por serem prioritárias.

As despesas com educação chegaram a R$ 2,6 bilhões e com saúde a R$ 1,45 bilhão. Isso porque o Estado tem alguns grandes grupos de despesas em suas contas, segundo o assessor do Conselho de Gestão por Resultados e Gestão Fiscal (Cogerf), Jurandir Gurgel Gondim Filho.

Fonte:O Povo

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