
Quixeramobim sediou na noite desta quinta-feira, dia 11 de novembro, o primeiro ciclo de debates sobre a preservação do patrimônio público e sua direta relação com os registros de memória e as possibilidades de desenvolvimento do município, como parte da programação do Seminário Patrimônio e Desenvolvimento.
A mesa de abertura contou as presenças do Superintendente Regional do Iphan Ceará, Alexandre Jacó; do vereador Everardo Júnior, que representou a Câmara Municipal de Quixeramobim; dos representantes do Ministério Público do Estado, os promotores Enéas Romero e Hugo Porto; e do presidente da ONG Iphanaq, Neto Camorim. A única ausência registrada entre os convidados foi a do prefeito de Quixeramobim, Edmilson Júnior.
Além de apresentar o trabalho realizado pelo Iphan, Alexandre Jacó abordou as Medidas de Proteção do Patrimônio Construído, que vão do tombamento a atividades como as de pesquisa histórica, restauração e conservação de prédios, cujo financiamento pode advir do próprio Instituto. Jacó explicou que a atuação do Iphan se dá em nível federal e que o tombamento e medidas para a preservação do patrimônio público conclamadas pela sociedade podem ser adotadas também pelos estados e municípios.
O envolvimento da sociedade e do poder público deu o tom dos discursos proferidos pelo vereador Everardo Júnior e pelos promotores Hugo Porto e Enéas Romero. “Se o Iphan não tombou, nada impede que a gente tombe no município”, disse Enéas.
Antecedeu o debate com a plateia a fala de Neto Camorim, presidente da ONG Iphanaq, que relacionou o fosso ainda existente entre as necessidades do município e atuação da gestão municipal. De acordo com Camorim, falta à Secretaria levar adiante projetos como o do Plano Municipal de Cultura, o Fundo Municipal de Cultura, o Arquivo Público Municipal e o funcionamento do Conselho de Cultura.
Noite Cultural
O debate foi encerrado com a exibição da primeira de três produções audiovisuais produzidas por alunos do Ponto de Cultura Patrimônio Vivo, coordenado pelo Iphanaq, sob a supervisão do professor de vídeo e diretor do Coletivo Alpendre, Alexandre Veras, com financiamento da Funarte. O escolhido para abrir as exibições foi o vídeo que trata da relação dos moradores com a Ponte Metálica de Quixeramobim, símbolo histórico e físico da divisão entre o Centro e a Periferia da Cidade.
O público pôde ainda acompanhar o desempenho do ator mineiro José Maria
Gonçalves, do Grupo Caminhos do Sertão. Em sua estréia no Ceará, encenou o conto de José Guimarães Rosa, “Meu tio o Iauuratê”, que trata da relação criada entre um caçador e as onças que deveria matar. Para ficar ao lado de onças como “Maria Maria”, ele se distancia da sociedade, repensa a relação com os homens e as angústias da solidão.
Caminhada nesta sexta da prosseguimento para programação
O segundo e último dia do Seminário Patrimônio e desenvolvimento começa logo cedo, às 8 horas desta sexta-feira, dia 12 de novembro, com a caminhada pelo centro da cidade. À tarde prosseguem as oficinas e, às 19h, o segundo ciclo de debates é retomado no Hotel Veredas.
(Fonte: Patrimônio Vivo)
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