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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Mulher acusada de adultério é açoitada 200 vezes e executada publicamente com três tiros na cabeça por talibãs

Cabul - Integrantes da milícia fundamentalista dos talibãs executaram uma mulher em praça pública, sob acusação de adultério, no Afeganistão. A vítima, que era viúva e estava grávida, foi açoitada cerca de 200 vezes antes de receber três tiros na cabeça, domingo. O caso ocorreu uma semana depois de a revista americana ‘Time’ ter chocado o mundo com o caso da adolescente afegã que teve o rosto mutilado por talibãs.

Bibi Sanubar, 35 anos, foi mantida presa por três dias antes de ser assassinada em um julgamento público, que foi comandado por um líder local do talibã, no distrito de Qadis, província rural de Badghis. Apesar de o comando central da milícia negar o caso, a polícia e políticos da região o confirmaram.

O Talibã acusou Sanubar de ter mantido um “relacionamento ilícito”, origem de sua gravidez. Seu suposto amante não foi punido. Segundo Ghulam Mohammad Sayeed, chefe da polícia do distrito, a mulher foi açoitada 200 vezes em público. “Ela foi fuzilada na cabeça em público também, mesmo grávida”, disse Sayeed.

Ainda de acordo com o chefe da polícia, Sanubar foi executada pelo próprio comandante do talibã local, Mohammad Yousuf. Seu corpo foi abandonado em uma área pertencente ao governo afegão.

O episódio trouxe à memória dos afegãos o período do governo talibã, iniciado em 1996 e derrubado em 2001 pela coalizão da Otan liderada pelos Estados Unidos. Os fundamentalistas promoviam rotineiramente apedrejamentos e açoitamentos públicos de pessoas acusadas de adultério ou de manter relações sexuais sem serem casadas. As autoridades talibãs também costumavam mutilar mãos e pés de réus acusados de roubo ou assalto.

O caso de ontem lembrou o da jovem afegã de 18 anos, que posou para a controversa capa da ‘Time’ mostrando o nariz e as orelhas mutiladas, para denunciar a crueldade dos talibãs contra as mulheres. Segundo a publicação, Bibi Aisha, 18 anos, foi mutilada pelo marido como punição por ter fugido de casa. A jovem, que se casou ainda adolescente, tentou escapar por causa dos maus-tratos que sofria. O castigo foi aprovado pelo Talibã.

Fonte:O Dia

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