Sem mágoa. Assim garantiu o vice-governador Francisco Pinheiro (PT) ao ser questionado sobre a escolha do presidente da Assembleia, deputado Domingos Filho (PMDB), como vice da chapa encabeçada pelo governador Cid Gomes (PSB), candidato à reeleição. Segundo Pinheiro, o nome do peemedebista foi uma boa escolha, pois tem experiência e que, por isso, tem condições políticas e administrativas para ajudar no desenvolvimento do Estado.
Para o vice-governador, Cid Gomes será reeleito ainda em primeiro turno nas eleições deste ano. Além de arriscar que o governador terá um percentual superior ao de 2006, quando venceu com 63% dos votos válidos.
Pinheiro justifica o otimismo, apontando que o candidato do PR ao Governo do Estado, Lúcio Alcântara, não possui apoio político. Já Marcos Cals - candidato do PSDB - não possui a totalidade de sua base no interior. Isso porque, de acordo com o vice-governador, dos 50 prefeitos tucanos, uma parcela considerável não está mais com o partido, porque migrou para outras coligações.
Sobre a candidatura ao Senado, Pinheiro prevê a vitória da dobradinha José Pimentel [PT] e Eunício Oliveira [PMDB], justificando que os candidatos têm apoio da presidente Lula, do governador Cid Gomes e da prefeita Luizianne Lins (PT). Além de observar que, na história do Ceará, quase todos os senadores eleitos estavam atrelados ao governo.
[O Estado] Vice-governador, o senhor tem alguma mágoa por não ter sido escolhido novamente como o vice do governador Cid Gomes (PSB)?
[FRANCISCO PINHEIRO] Nenhuma, porque em política mágoa não alimenta nada. Continuo no cargo de vice-governador até o dia 31 de dezembro. Após, se o eleitor quiser que eu seja deputado estadual, continuarei trabalhando em prol do crescimento do Ceará, pois, com o atual governo, alcançou grandes índices, em diversas aréas.
[O E.] Acredita que o atual projeto deve ser continuado para o crescimento da população cearense?
[F. P.] O governo Cid tem melhorado muitos aspectos no Ceará. Seria importante dar continuidade nestas mudanças, já iniciadas pela atual gestão. Estou ainda por dentro do projeto e, no entanto, defendo a permanencia por mais quatro anos.
[O E.] Como analisa a escolha do deputado Domingos Filho [PMDB], presidente da Assembleia, para junto com o governador Cid encabeçar a vaga majoritária?
[F. P.] O nome do deputado é excelente. À frente da Assembleia tem demonstrado experiência política, o que fez ter destaque. Acredito que, junto com o governador Cid, ele irá trabalhar em prol do desenvolvimento do Ceará.
[O E.] A sucessão estadual mudou radicalmente a disputa. Como analisa o novo quadro?
[F. P.] A mudança, realmente, foi muito grande, porque há pouco tempo praticamente existia apenas um candidato – com Cid Gomes postulando a reeleição. Agora, temos sete candidatos, entre eles “deputado” que era do nosso lado e, de repente, virou oposição.
[O E.] Em sua avaliação, o governador Cid Gomes continua na chefia do Palácio Iracema?
[F. P.] Não só tenho certeza, como ele continuará. Ele [Cid] tem condições de fazer um governo ainda melhor, pois dará continuidade aos projetos desenvolvidos no primeiro mandato.
[O E.] No atual momento, de acordo com consultas particulares, há sintomas de que haverá segundo turno. Qual sua opinião?
[F. P.] O atual momento não aponta para segundo turno. Porque o governador Cid será reeleito ainda em primeiro turno. Não tenho qualquer dúvida sobre isso.
[O E.] Em que o senhor se baseia para ter tanta certeza, de que Cid Gomes continuará no cargo?
[F. P.] Em matéria de apoio político os candidatos da oposição mais destacados não contarão com isso. Qual é o atual apoio do ex-governador Lúcio Alcântara (PR). Se pensarmos no PSDB, das 50 prefeituras, uma parcela significativa não está com o partido, porque migrou.
[O E.] O senhor não está sendo otimista demais, porque Marcos Cals (PSDB) e Lúcio Alcântara (PR) são tidos como bons candidatos?
[F. P.] Não é otimismo. Os fatos estão apontados para este caminho. Esse otimismo é baseado na experiência, além das pesquisas particulares que estão nos orientados.
[O E.] Como a senhor avalia os elogios do governador Cid ao senador Tasso Jereissati (PSDB)?
[F. P.] Cid é generoso, e se achou, novamente, que o senhor Tasso Jereissati é o maior político vivo do Ceará, é porque assim que o considera. Não significa, em minha opinião, uma reaproximação.
[O E.] Quanto à disputa de José Pimentel, Eunício Oliveira e Tasso Jereissati ao Senado. Qual sua avaliação?
[F. P.] É uma disputa acirrada, porque são três nomes fortes. Mas a nossa coligação tem o apoio da presidente Lula, do governador Cid e da prefeita Luizianne Lins e, por isso, serão eleitos.
[O E.] Tasso Jereissati é um concorrente forte. Ele não será reeleito no lugar de um dos dois candidatos [Pimentel e Eunício]?
[F. P.] Olhe, a história recente do Ceará elegeu candidatos ao Senado que eram atrelados ao governo. A exceção foi Mauro Benevides [PMDB], na década de 70, quando era da oposição. Outra exceção foi Virgílio Távora que abandonou o candidato dele. A última foi o senador Inácio Arruda [PCdoB], que não era ligado ao ex-governador Lúcio Alcântara.
Fonte:O Estado
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