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sábado, 31 de julho de 2010
HGF inicia implante coclear pelo Sistema Único de Sáude (SUS)
Nesta sexta-feira, 30 de julho, o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) iniciou o implante coclear do Estado pelo SUS, com a realização de duas cirurgias. Uma criança de 3 anos, Carlos Samuel, de Jucás, e Nicole, de 7 anos, de Horizonte, receberão implantes. O HGF foi credenciado pelo Ministério da Saúde para realizar cirurgias para implante coclear em dezembro do ano passado. Depois de investimento de cerca de R$ 1 milhão, a previsão é de que sejam realizadas 24 cirurgias por ano. Cerca de noventa pacientes já estão cadastrados para passar pelo procedimento, indicado quando a prótese amplificadora já não ajuda.
O implante coclear é um equipamento computadorizado colocado dentro da cóclea, na parte interna do ouvido. Ele capta os sons e os transforma em sinal elétrico, que é interpretado no cérebro como estímulo sonoro. Além do dispositivo, o aparelho é composto por um processador de fala que fica fora do ouvido. É como se fosse um microfone captando o som do ambiente. O funcionamento do implante coclear é diferente do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI), uma vez que ele cria a possibilidade de o usuário perceber o som em vez de só aumentá-lo.
O implante coclear é realizado pelo SUS desde 2000 e o Ministério da Saúde investe R$ 45,8 mil para o atendimento de cada paciente. O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece o ouvido biônico, uma prótese que é implantada por meio de cirurgia no ouvido de pacientes com deficiência auditiva. O equipamento auxilia o cérebro a interpretar os estímulos sonoros, devolvendo o sentido ao paciente. Já há 17 unidades de saúde com capacidade para realizar o procedimento. Elas estão no Distrito Federal e nos estados da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Rio de Janeiro, credenciado este ano.
Em 2009, foram feitos 479 implantes na rede pública, com um investimento de mais de R$ 21 milhões. No total, o SUS já realizou 2.166 cirurgias de 2000 até outubro de 2009. Além do custeio da cirurgia, o valor repassado para as unidades inclui o preparo do paciente (com testes de próteses auditivas e avaliação de um fonoaudiólogo) e a reabilitação. Esse processo é essencial porque o paciente precisa aprender a utilizar o equipamento no dia a dia.As unidades habilitadas pelo Ministério da Saúde devem cumprir uma série de requisitos que garantem o acompanhamento do paciente durante todo o processo, desde o preparo para a cirurgia até a reabilitação.
Postado por: Jornalismo - SMC
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