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terça-feira, 29 de junho de 2010

PSDB insiste na chapa puro-sangue e tenta acordo com o DEM

Mesmo diante da resistência de setores do DEM de acatar um vice tucano para José Serra, o comando do PSDB quer insistir na tese da chapa puro-sangue ao mesmo tempo em que busca uma reaproxiação entre os dois partidos aliados.

Ontem, o candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, esteve pessoalmente numa reunião com a cúpula do DEM a fim de encontrar uma saída para o impasse entre as duas legendas aliadas. "Estamos começando a superar o impasse", afirmou o coordenador da campanha e presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra."O DEM acha que o quadro pode ser deles, o PSDB acha que pode ser nosso, completou, ao sair da casa do prefeito paulistano Gilberto Kassab, onde foi feita a reunião com a cúpula das duas siglas.

"Nós trabalharemos para confirmar nosso candidato a vice. Isso é democrático e deve ser visto assim", afirmou Guerra. "Considero natural que o DEM tenha um ponto de vista diferente do nosso. Mas o que deve presidir o nosso roteiro é a preocupação com a vitória de Serra.", havia dito o senador tucano, antes da reunião que aconteceu em São Paulo com dirigentes do DEM, para tentar reverter a crise, deflagrada desde que os tucanos definiram o nome do senador Álvaro Dias (PR) para compor a chapa com o vice de Serra, na semana passada.

Pelo lado do DEM, que tem convenção marcada par a amanhã, o presidente da legenda, deputado Rodrigo Maia (RJ), recebeu carta branca para negociar uma solução política para a crise na aliança com o PSDB. Maia obteve aval até para romper a coligação com o PSDB em torno de Serra se considerar necessário. Apesar disso, dirigentes do partido reconhecem que seria pouco vantajoso para as duas legendas uma ruptura política.

Mesmo assim, o clima continuava tenso ontem. Maia rebateu uma declaração dada ontem por Guerra de que a reação negativa do DEM à indicação de Álvaro Dias para a vaga de vice poderia provocar a derrota de Serra. "Não é a nossa reação que pode provocar a derrota, mas sim a ação do PSDB e do candidato José Serra em fazer essa indicação. A origem do problema foi causada por eles", alegou o deputado.

O DEM espera reverter a indicação de Dias, mas poderá aceitar outro tipo de acordo se Serra fizer gestos positivos e públicos na direção do partido, como, por exemplo, pressionar o PSDB a ceder na montagem de palanques estaduais, como são os casos de Sergipe e Pará.

Guerra defende o diálogo entre os dois partidos para chegar a uma solução. "E fazer a escolha sensata do ponto de vista político, administrativo e eleitoral. É sobre isso que devemos conversar."

Fonte:Estadão.com.br

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