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terça-feira, 15 de junho de 2010

O Globo cria manual de conduta e proíbe "retweet" nas eleições

Com objetivo de produzir uma cobertura eleitoral "com equilíbrio, independência e pluralidade", O Globo divulgou, na semana passada, um manual de conduta para seus jornalistas e demais funcionários das versões imprensa e online.

A cartilha trata desde manifestações eleitoreiras nas vestimentas dos profissionais até o retweet de notícias no serviço de microblog Twitter. As orientações não valem para "colaboradores eventuais e articulistas".

A primeira regra do "Estatuto das Eleições" deixa claro que o jornal veta a participação de seus funcionários em campanhas eleitorais. Para isso, o jornalista "terá de se demitir da empresa, e, se for recontratado, isso só será feito depois de cumprir uma quarentena cuja duração será arbitrada pela direção".

Referências aos candidatos ou manifestações de preferências políticas não serão toleradas, e a decisão vale para as roupas dos funcionários, bem como para os automóveis estacionados nas dependências da empresa.

Sobre o relacionamento com os políticos, O Globo determina que artigos de candidatos não devem ser publicados a partir do momento em que suas campanhas forem confirmadas pelas convenções partidárias. No entanto, ficam liberados textos sobre temas predeterminados, com a intenção de, segundo a publicação, "ajudar o eleitor a decidir seu voto".

As orientações de conduta servem também para as contas pessoais dos jornalistas em todo o universo online, uma vez que, no entendimento de O Globo, "qualquer conteúdo publicado nas redes sociais poderá ser associado à linha editorial do jornal".

Especificamente no caso do Twitter, O Globo proíbe o "retweet" por parte de seus funcionários que contenham "conteúdos publicados por partidos políticos ou candidatos".

Quanto aos sites de relacionamento, a publicação pede aos jornalistas que pesem eventuais filiações e sejam "equilibrados" ao adicionar figuras políticas a sua rede. O jornal pede, ainda, discrição a respeito de suas preferências políticas. "As inclinações políticas de jornalistas do Globo não devem aparecer também em seus perfis pessoais nesses e em outros sites de relacionamento".

Diretamente aos jornalistas envolvidos na cobertura eleitoral, O Globo pede que respeitem "rigorosamente as regras básicas do nosso Manual de Redação. Entre as normas que devem ser especialmente observadas neste período estão as de jamais publicar acusações em off (sem identificação do autor)".

Fica proibido, ainda, aceitar convites para viagens com candidatos; a publicação de estimativas de participantes de comícios fornecidas por partidos; e a exposição de pesquisas sem que estejam registradas na Justiça Eleitoral.

Fonte:Portal Imprensa

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