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sexta-feira, 18 de junho de 2010
Cacimba com água quente intriga populares
Moradores do Sítio Riacho Seco, a 10 quilômetros da sede deste Município, estão apavorados com um fenômeno, até o momento, não explicado pelos geólogos. A água de uma cacimba, localizada no quintal da casa do agropecuarista Marcelo Barros Santana, aqueceu, de repente, a uma temperatura acima de 60 graus. Geólogos levantam a hipótese de um fenômeno geotérmico, provocado pelo vapor que emerge através de fissuras na crosta terrestre, ou reação química de sais minerais.
O geólogo Raimundo Romcy de Oliveira, funcionário do Geopark Araripe, que esteve ontem na localidade, a convite da reportagem, informou, a princípio, que o aquecimento da água teria sido causado por um curto circuito na bomba vibra-vert instalada no cacimbão para o bombeamento da água.
A primeira interpretação do geólogo foi confirmada, em parte, pelo eletricista e vendedor de bombas José Rodrigues. "É comum o curto circuito da bomba, mas o aquecimento da água dentro de uma cacimba é raro", disse Rodrigues, acrescentando que presta assistência às bombas, há 40 anos, mas nunca presenciou um fenômeno assim, considerado inexplicável.
O geólogo orientou o esvaziamento da cacimba, o que foi feito uma hora depois da saída da reportagem do local. O proprietário da casa Marcelo Barros determinou que uma pessoa descesse para verificar se a água renovada continuava quente. O funcionário da fazenda subiu confirmando a alta temperatura da reserva hídrica. Neste caso, foi afastada a possibilidade do aquecimento ter sido causado pela bomba.
Com a nova informação, o geólogo mudou de opinião. Uma das hipóteses, segundo Romcy, é uma reação química provocada por algum mineral. A outra é geotérmica. O geólogo explica que, abaixo da crosta terrestre, existe um manto composto por rochas líquidas a altas temperaturas, o magma. Nestas zonas, os depósitos ou correntes de água são esquentados pelo magma até temperaturas às vezes superior a 140ºC. Este fenômeno, de acordo com Romcy, pode gerar as fontes de águas térmicas, utilizadas como medicinais.
Ao levantar estas hipóteses, Romcy esclarece que o fenômeno só será esclarecido com uma análise de laboratório da água da cacimba. Ele garantiu que a Universidade Regional do Cariri (Urca) vai mobilizar uma equipe de geólogos que ainda hoje voltará ao Sítio Riacho Seco com a finalidade de colher amostras da água para serem analisadas no laboratório do Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec). O que deixa o geólogo intrigado é o fato de o aquecimento ser registrado apenas numa cacimba.
Os poços abastecidos pelo mesmo lençol freático não sofreram alteração, segundo constataram o geólogo e os moradores da comunidade.
Situação de emergência
A cacimba, com 8 metros de profundidade, foi feita há cerca de 25 anos. Como a água era salobra, estava sendo utilizada apenas em situações emergenciais de abastecimento. A casa é abastecida por uma rede de abastecimento d´água que passa em frente. Na manhã de segunda-feira faltou água. O proprietário Marcelo Barros mandou limpar o cacimbão e acionou a bomba de puxar o líquido, que funcionou normalmente.
No dia seguinte, a doméstica Regilânia Sabino tentou ligar a bomba, mas não conseguiu. Estava queimada. Ao providenciar a retirada da água com uma balde amarrado numa corda, percebeu que a água estava muito quente.
"Não dava nem para colocar a mão dentro", lembra ela. A partir de então se espalhou a notícia de que a cacimba estava "pegando fogo". "Uns diziam que era um vulcão, outros falavam que era poço de petróleo", conta Marcelo.
Fonte: Jornal Diário do Nordeste
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