Programa discute a tarifa de energia elétrica

Neste último sábado, o programa Quixeramobim Agora, prestou mais um relevante serviço a comunidade, desta vez levando ao ar a discussão do preço abusivo das tarifas de energia elétrica no Estado, que é a sexta maior do país, superando até mesmo os preços cobrados em estados americanos. O problema está sendo atribuído a um erro no cálculo tarifário e à compra de energia mais cara de uma empresa que pertence à própria Coelce. A CPI da energia elétrica concluiu que os cearenses estão sendo explorados pela Coelce que cobra valores muito superiores aos que deveriam ser praticados.

O programa contou com inúmeras participações de populares, que reclamaram da atuação da companhia de distribuição de energia elétrica, atribuindo os altos valores cobrados à privatização do órgão, como bem afirmou um dos convidados do programa, Aucélio Coutinho.

Um dos tópicos mais discutidos no programa foi o mau atendimento por conta dos técnicos de empresas terceirizadas a serviço da Coelce, que não têm o menor respeito para com as famílias, cortando o abastecimento elétrico e deixando famílias, em muitos casos, com crianças e idosos, no escuro total.

O Deputado Lula Morais, relator da CPI da tarifa elétrica, participou do debate ressaltando serem dois os motivos que nos fazem pagarmos tão caro pela energia elétrica: Primeiro, a forma como vem sendo feito o reajuste das tarifas, e segundo, a compra de energia termelétrica que a Coelce adquire de uma empresa que pertence a ela própria.

Segundo o deputado, a privatização da Coelce fez com que a tarifa elétrica do Estado atingisse o maior patamar de preços, levando os consumidores a pagarem a terceira maior tarifa de energia do planeta. Para Lula Morais, foi um “crime” o governo de Tasso Jereissati ter vendido a Coelce.O relatório final da CPI, segundo Lula Moraes, será apresentado ao Ministério Público Estadual e Federal para que todas as denúncias levantadas sejam apuradas e as providências sejam tomadas para que a tarifa tenha um valor real no bolso do cearense.

O prefeito de Quixeramobim, Edmilson Júnior, como engenheiro elétrico, se posicionou sobre o tema. Para ele não podemos pagar por algo que não existe, e por um equipamento sem garantia. Pagamos pela energia que vem da usina e por uma energia de reserva, caso a primeira falte, que é a energia da termelétrica. O prefeito considera “um absurdo” o que é praticado atualmente no Estado do Ceará. Edmilson destacou que o alto valor que pagamos pela energia elétrica faz com que o avanço, principalmente na irrigação fique permaneça estagnado, por não compensar para o produtor o investimento.

Cabe ressaltar que apesar das tentativas da equipe de jornalismo do Sistema Maior de Comunicação, nenhum órgão do setor de energia, seja a Coelce ou mesmo a Aneel, quis se manifestar sobre o assunto.
(Fonte: Jornalismo do Sistema Maior de Comunicação)