Cravada no sertão central do Ceará e cercada por monólitos – estranhas formações rochosas da região que parecem de longe formar imagens humanas e de animais – a usina de Biodiesel de Quixadá está fazendo com que muitos sertanejos sonhem em voltar para casa. Se no passado, o futuro estava bem longe, no Sul - Maravilha, hoje o presente começa, para muita gente, bem perto de casa.
A administradora de empresas Gioconda de Castro, 23 anos, cresceu em Quixadá apostando que seu futuro estava a 167 km dali, em Fortaleza. Mas com a inauguração da usina, em agosto do ano passado, tudo mudou. Contratada para trabalhar na estatal, a administradora leva apenas dois minutos para chegar ao local de trabalho.
– As vezes eu não acredito no que aconteceu. Fico me beliscando para ter certeza de que é verdade. É emocionante trabalhar onde cresci – diz.
Mas Gioconda não é a única da região. Dos 150 funcionários da usina, pelo menos 100 moram na comunidade, conta com entusiasmo o gerente da unidade, João Augusto Araújo Paiva, 57 anos. Com ele a história não foi muito diferente. Nascido em Fortaleza, João Augusto trabalhou nos grandes centros do Brasil, até voltar para o seu estado natal que, segundo ele, já foi referência no segmento.
– Há 20 anos, o Ceará foi um dos maiores produtores de oleaginosas do Brasil e, hoje, o estado está recuperando esta vocação histórica – conta.
Para resgatar o status perdido, a estatal traçou um planejamento estratégico. Escolheu um local que fica no centro do estado e que tem uma malha rodoviária que permite que a produção escoe rapidamente pelos grandes centros. De Quixadá, por exemplo, o biodiesel segue direto para o Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e até para o Pará, sem ter que passar pela capital.
Outra vantagem é o fato de a usina ficar a menos de 100 metros de uma ferrovia que faz parte da Transnordestina, que promete ligar, no futuro, três portos importantes do Nordeste: o Porto de Suape, no Recife, o Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Petrobras, em Pecém (CE), e o Porto de Itaqui, no Maranhão.
– A obra está em andamento e vai criar mais uma alternativa de transporte interessante – assegura João Augusto, ao destacar também que será construída em menos de 90 dias uma adutora que vai abastecer melhor a região.
Complexo invejável
No que diz respeito a tecnologia, João se derrete em elogios ao complexo de biodiesel.
– Tudo que a Petrobras tem em seus grandes centros temos aqui. Os sistemas de automação, por exemplo, são os das grandes refinarias de São Paulo – cita o gerente, ao destacar ainda o laboratório do complexo que emite certificados como os do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Fundão (RJ).
O gerente ressaltou ainda a dedicação dos funcionários da comunidade.
– Tem sido uma experiência enriquecedora trabalhar aqui. Temos tido um respaldo muito bom da qualidade do nosso biodiesel – destacou. – Até hoje, não recebemos nenhuma reclamação da qualidade do nosso trabalho.
(Fonte: http://diariocentral.blogspot.com)
A administradora de empresas Gioconda de Castro, 23 anos, cresceu em Quixadá apostando que seu futuro estava a 167 km dali, em Fortaleza. Mas com a inauguração da usina, em agosto do ano passado, tudo mudou. Contratada para trabalhar na estatal, a administradora leva apenas dois minutos para chegar ao local de trabalho.
– As vezes eu não acredito no que aconteceu. Fico me beliscando para ter certeza de que é verdade. É emocionante trabalhar onde cresci – diz.
Mas Gioconda não é a única da região. Dos 150 funcionários da usina, pelo menos 100 moram na comunidade, conta com entusiasmo o gerente da unidade, João Augusto Araújo Paiva, 57 anos. Com ele a história não foi muito diferente. Nascido em Fortaleza, João Augusto trabalhou nos grandes centros do Brasil, até voltar para o seu estado natal que, segundo ele, já foi referência no segmento.
– Há 20 anos, o Ceará foi um dos maiores produtores de oleaginosas do Brasil e, hoje, o estado está recuperando esta vocação histórica – conta.
Para resgatar o status perdido, a estatal traçou um planejamento estratégico. Escolheu um local que fica no centro do estado e que tem uma malha rodoviária que permite que a produção escoe rapidamente pelos grandes centros. De Quixadá, por exemplo, o biodiesel segue direto para o Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba e até para o Pará, sem ter que passar pela capital.
Outra vantagem é o fato de a usina ficar a menos de 100 metros de uma ferrovia que faz parte da Transnordestina, que promete ligar, no futuro, três portos importantes do Nordeste: o Porto de Suape, no Recife, o Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Petrobras, em Pecém (CE), e o Porto de Itaqui, no Maranhão.
– A obra está em andamento e vai criar mais uma alternativa de transporte interessante – assegura João Augusto, ao destacar também que será construída em menos de 90 dias uma adutora que vai abastecer melhor a região.
Complexo invejável
No que diz respeito a tecnologia, João se derrete em elogios ao complexo de biodiesel.
– Tudo que a Petrobras tem em seus grandes centros temos aqui. Os sistemas de automação, por exemplo, são os das grandes refinarias de São Paulo – cita o gerente, ao destacar ainda o laboratório do complexo que emite certificados como os do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Fundão (RJ).
O gerente ressaltou ainda a dedicação dos funcionários da comunidade.
– Tem sido uma experiência enriquecedora trabalhar aqui. Temos tido um respaldo muito bom da qualidade do nosso biodiesel – destacou. – Até hoje, não recebemos nenhuma reclamação da qualidade do nosso trabalho.
Caro Sr. João Augusto Araújo
ResponderExcluirGerente da Unidade em foco,
Como profissional de engenharia, fiquei satisfeito com os esclarecimentos relacionados à instalação da Usina na nossa região do Sertão Central. Sem dúvidas gera emprego e renda e é disso que precisamos.
Porém como foi instalada com dinheiro público, pois a Petrobrás é do Povo Brasileiro,e exige-se retorno de seu capital investido, faço-lhe os questionamentos:
1. Qual o custo de implantação da unidade e qual o horizonte de recuperação deste capital dentro dos planos de lucratividade da Empresa?
2. Qual a capacidade de refino da Usina?
3. Qual a necessidade(toneladas) de oleoginosas necessária para manter a Usina operando em plena capacidade para que foi projetada?
4. Qual a produção de matéria prima atual da região, comprada pela Usina, e quais as ações que estão sendo implementadas para garantir o funcionamento da Usina com matéria prima de regiões próximas da Planta, de modo a baratear o custo de transporte que é significativo em um operação dessa natureza? Digo isso, pois há aproximadamente 20 dias encontrei um caminhão tanque na cidade de Picos no Piauí trazendo matéria prima do Estado do Mato Grosso, segundo o motorista, para ser refinado na Usina em Quixadá.
fico agradecido à vossa resposta,
Rubens Torres