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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Iguatu: Tribunal do Júri condena réus por assassinato de estudante em ritual macabro

A pedido do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), o Tribunal do Júri da Comarca de Iguatu condenou nessa terça-feira, 14, Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva à prisão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Gleudson Dantas Barros foi sentenciado a 21 anos, 7 meses e 17 dias em regime fechado, enquanto Roberto Alves da Silva recebeu a pena de 18 anos, 3 meses e 7 dias. A informação é da assessoria do MP. Os dois réus foram condenados pelo assassinato do estudante J. O. X., sendo, ainda, acusados de terem participado de uma série de homicídios no Sítio Canto, no distrito de Suassurana, em Iguatu. O promotor de Justiça Leydomar Nunes Pereira atuou no Plenário pedindo a condenação dos acusados.

Conforme a denúncia oferecida pelos promotores de Justiça Leydomar Nunes Pereira e Fernando Antonio Martins de Miranda, na noite de 18 de maio de 2018, os dois réus, em companhia de um adolescente, assassinaram com tiro de revólver o estudante J. O. X. por motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa. Em seguida, o cadáver foi ocultado e enterrado em cova nas proximidades da residência de Roberto Alves, a qual ficou conhecida posteriormente como “Casa da Morte”, por ser local onde eram praticados rituais macabros e sinistros. Roberto Alves, proprietário da residência, também foi sentenciado pelo crime de posse ilegal de arma de fogo, porém a pena dele foi atenuada por ter colaborado com as investigações.

Em depoimento, o denunciado Roberto Alves esclareceu que o homicídio teria sido motivado pelo fato de Gleudson e J.O.X. terem discutido meses antes. Assim, os denunciados já haviam planejado e premeditado o homicídio, convidando o estudante para uma suposta festa na casa de Roberto Alves, ocasião em que a vítima foi assassinada. Vale ressaltar que, após realização de buscas na residência, os policiais encontraram revólver, munição e o celular da vítima, além de objetos ligados ao ritual praticado.

Consta ainda na denúncia do MPCE que a Polícia Civil conseguiu desvendar e elucidar os assassinatos de mais três pessoas que estavam desaparecidas, as quais foram mortas e enterradas pelos denunciados na mesma casa. Esses crimes estão sendo apurados em outros inquéritos policiais, a serem objeto de outras denúncias e ações penais.

Do Repórter Ceará (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

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