O petista explicou por que tem mantido o discurso de golpe: “Quando nós do PT e do conjunto da sociedade afirmamos que o impeachment é golpe, é porque o impeachment realmente está previsto na nossa constituição, mas para que um presidente seja impedido de governar é preciso que ele tenha cometido algum ilícito, que tenha algum crime tipificado na lei, seja ela na lei penal ou orçamentária, por exemplo, o que não acontece objetivamente com a presidenta Dilma. A Dilma não é investigada. A Dilma não cometeu nenhum crime e é neste sentido que nós tratamos esse momento, como um momento de golpe”.
Ao ser indagado sobre as movimentações na Câmara diante da batalha do Governo Federal para evitar a saída da presidente, o presidente estadual questionou: “Como é que um Congresso que tem quase a metade sendo investigado, denunciado no Supremo, respondendo a processo, vai cassar uma presidente que não responde a processo? [...] A comissão que hoje vai ter o relatório lido, dos 65, 40 membros respondem a processos”, disse.
De Assis criticou ainda o fato, segundo ele, da Justiça tratar de forma diferente processos e denúncias contra o PT: “Não podemos aceitar que a Justiça coloque uma venda nos olhos quando diz que há denuncias de corrupção envolvendo dirigentes do PSDB, DEM do PMDB, e quando há membros do PT envolvidos, eles sejam colocados no rigor exagerado como foi, por exemplo, o caso que levou à oitiva coercitiva do ex-presidente Lula”.
Lula na Casa Civil
Sobre o retorno do ex-presidente Lula ao cargo de Ministro da Casa Civil, o entrevistado disse acreditar que em breve o correligionário logo retorne ao posto: "Se não assumir amanhã (dia 07), na próxima semana ele vai assumir”, afirmou.
Pesquisa e rejeição
A recente pesquisa do IBOPE apontou que 10% aprovam e 69% reprovam o governo Dilma. Quanto a isso, De Assis disse que acredita em uma recuperação: “Pesquisa é momento, se você pegar hoje os prefeitos, sua grande maioria está com baixo índice de popularidade. Justifica tirar a presidente? Não! Justifica tirar o prefeito? Não! O que temos que entender é que no momento que a roda da economia voltar a girar na intensidade que precisa, esses dados estarão superados e nós vamos superar”.
Postado por: Jornalismo – Sistema Maior de Comunicação / Foto: PT-CE
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