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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Quixeramobim: Adolescentes e até menores de oito anos de idade são investigados por envolvimento em furto

Um caso um tanto delicado e surpreendente aconteceu em Quixeramobim. Menores de idade foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil do município após denúncia de furto contra a residência de um comerciante, no Centro da cidade.

De acordo com o Delegado Eduardo Tomé, às 21 horas desta quarta-feira, 04, a vítima, que não quis se identificar, entrou em contato com a Polícia Civil comunicando que havia flagrado menores furtando sua residência. Foi solicitado apoio da Polícia Militar, que constatou a veracidade da denúncia. Ainda conforme o Delegado, entre os sete menores haviam crianças de até 6 e 8 anos, que não foram autuadas pela prática de furto, tendo em vista, que por questão legal, menores de até 12 anos não respondem por nenhuma infração penal. “O estatuto da criança e do adolescente só permite a lavratura de procedimento para maiores de 12 anos. Então, na realidade aqueles adolescentes, que são considerados assim pela lei, responderão por furto qualificado e ato infracional e as crianças serão entregues aos seus responsáveis”, disse o titular da Delegacia de Polícia Civil.

Conforme a denúncia, os menores teriam praticado o furto de 20 relógios, 1 TV LCD, 1 Home Theater e uma coleção de miniaturas de motocicletas com 89 peças. Os responsáveis pelos menores e Conselheiros Tutelares de Quixeramobim estiveram na manhã desta quinta-feira, 05, na Delegacia.

Em entrevista ao Sistema Maior de Comunicação, o delegado Eduardo Tomé revelou que para ele é um fato surpreendente, levando-se em conta a pouca idade dos envolvidos e destacou que faltam políticas públicas: “Isso demonstra que a política de assistência a estes menores está falha. A sociedade de Quixeramobim está falhando porque uma criança de seis anos a gente não pode nem considerar como criminosa. Na realidade essas crianças deviam estar na escola, deviam estar acompanhadas e assistidas pelo município e pelos familiares”, disse.

Já o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente(CMDCA), Marcos Machado, afirma que políticas públicas existem, mas falta a base familiar: “Acho extremamente precipitado num momento de qualquer situação de violência que passa a população e que envolve a criança e o adolescente atribuirmos à ausência de políticas públicas. É muito fácil passarmos a ‘bola quadrada’ para frente”, afirmou.

Segundo o presidente do CMDCA, “Quixeramobim tem um conjunto de políticas públicas que vai desde a erradicação do trabalho infantil ao combate a exploração sexual. Além disso, temos o Projovem Adolescente, as políticas públicas voltadas para o esporte, cultura, as ações de desenvolvimento dos CRAS’s , do Segundo Tempo e do Programa Mais Educação”, disse Marcos, lembrando que é dever - principalmente da família-, educar, instruir e acompanhar o desenvolvimento de crianças e adolescentes.

Postado por: Jornalismo - Sistema Maior de Comunicação

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