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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Líder derrotado pela sua própria bancada

A votação do Refis, que ocorreu ontem, no plenário da Assembleia Legislativa, com vitória governista, tendo o PSDB na oposição, mostrou claramente o clima de individualidade e divergência que vive a bancada tucana naquela Casa. Na tentativa de unir a bancada contra a determinação do Governo de pôr no Serasa, o nome dos contribuintes inadimplentes, o líder João Jaime teve foi que justificar, após a votação, o fato de ter convencido apenas 6 dos 13 liderados seus no Legislativo.

O deputado Nenem Coelho foi o único tucano presente que votou com a base governista, embora os deputados Júlio César, Téo Menezes e Osmar Baquit tenham ido à Assembleia, mas saído antes da votação para evitar o constrangimento de votarem contra o líder da bancada. Nenem coelho advertiu que o partido precisa urgentemente definir uma postura na Assembleia para que a convergência volte a reinar na bancada. "Eu vou votar contra o governo, depois a favor do Governo? Não. Se é favorável ao Refis e ao Governo, vota com o Refis e com o Governo", disse, no momento em o plenário examinava um recurso de autoria do deputado João Jaime sobre uma emenda sua derrubada na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ).

Incoerência
O parlamentar queria era dizer que seria incoerente votar pela retirada do artigo 24, que previa a inclusão no Serasa do nome dos contribuintes inadimplentes, proposta de Jaime, e posteriormente, aprovar a matéria do Governo.

Embora o líder tucano tenha reafirmado que não havia viés político neste embate com o Governo, as palavras de Nenem coelho deixaram claro que o problema é mesmo de posição política: "se diz que é da base do Governo, devemos nos posicionar desta maneira. Agora, se querem apresentar candidato próprio e ir para a oposição, eu sou o primeiro a fazer isso".

Questionado sobre a divergência com o seu líder de bancada, o parlamentar disse: "eu considero melhor ser sincero, votar contra estando em plenário, do que sair para não ter que votar". Ele se referia aos colegas que estavam na Assembleia, mas sumiram no momento da votação em plenário. Mais três tucanos estiveram ausentes: Rogério Aguiar, Professor Teodoro e Tomás Figueiredo.

Após a aprovação do Refis, João Jaime tentou explicar que a bancada não fechou questão em relação ao assunto alvo da discussão de ontem. "Cada deputado votou com a sua consciência", disse ele, porém sem saber explicar o porquê de sete colegas de partido terem assinado o recurso que levou a discussão sobre a sua emenda ao plenário, mas não terem mantido o compromisso na votação. "Todos assinaram e a minha previsão é de que todos votariam. Quem não votou deve saber dizer por que que não cumpriu o compromisso", complementou.

Ao todo, 10 parlamentares votaram "sim" à admissão do recurso de Jaime no plenário: João Jaime, Luiz Pontes, Fernando Hugo, Moésio Loiola, Cirilo Pimenta e Gony Arruda, do PSDB; Adahil Barreto e Vasques Landim (PR); Heitor Férrer (PDT) e, o voto do deputado Hermínio Resende (PSL), que mesmo sendo da base, votou com o grupo de João Jaime.

24 parlamentares votaram "não" ao recurso e deram a vitória aos aliados do governador Cid Gomes. No fim, o Refis foi aprovado integralmente por unanimidade.

Sem apoio da sua bancada, Jaime, em conversa rápida com um líder empresarial, o convocava para uma batalha judicial contra a medida aprovada.
(Fonte: Jornal Diário do Nordeste)

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