A Petrobras admitiu ontem em nota que falta asfalto no Ceará para a recuperação de rodovias. Segundo a estatal, a Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), unidade local de refino da empresa, "está no limite de sua capacidade de produção". Por conta disso, serão importadas de Tenerife, nas Ilhas Canárias, 16 mil toneladas de cimento asfáltico de petróleo (CAP), material usado na produção do asfalto para o recapeamento das vias. A primeira carga, de 7 mil toneladas, deve chegar no fim deste mês, e a segunda em novembro.
A explicação da empresa acaba por confirmar o que o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Ceará, Guedes Neto, declarou ao O Povo, como publicado no último dia 23. Segundo ele, a recuperação da BR 116 estava prejudicada devido à falta de asfalto.
Como O Povo mostrou ontem, 83% da rodovia possui uma grande quantidade de buracos e remendos. Mesmo assim, Guedes Neto garante que, dentro de 30 dias, será iniciada a restauração de trechos críticos da estrada. O primeiro, que vai do km 420, em Ipaumirim, ao km 478, em Milagres, está orçado em R$ 88 milhões. O outro, que vai do km 478 ao km 546, em Panaforte, irá consumir R$ 57 milhões. "É uma obra aguardada há mais de dez anos", sublinha.
Questionado ontem se a falta de asfalto não poderia prejudicar o andamento das obras, Guedes afirmou que somente a direção do Dnit em Brasília falar disso.
Em nota enviada ao O Povo, o diretor-geral do órgão, Luiz Antônio Pagot, afirmou que, no momento, está desenvolvendo uma ação conjunta com a Petrobras para resolver o desabastecimento de material betuminoso em algumas regiões. E confirma que a Lubnor não está atendendo à demanda do Nordeste, "já que a refinaria produz apenas 25 mil toneladas por mês e a demanda é superior a 30 mil". Por isso, além da importação, foi decidido que haverá fornecimento a partir das refinarias Reduc (RJ) e Gabriel Passos (MG). "O problema, portanto, é muito mais de logística de distribuição do que da falta de produto", afirma.
Obras locais
A escassez de asfalto prejudica também o Governo do Estado e a Prefeitura de Fortaleza. De acordo com o secretário de Infraestrutura do Ceará, Adail Fontenele, há mais de 15 dias as rodovias estaduais estão enfrentando problemas na sua recuperação por não haver asfalto. "Nas CEs, todas estão com problemas. Estão recebendo uma quantidade muito inferior do que a demanda".
Ele explicou, no entanto, que a distribuição do produto também está deficiente nos demais estados nordestinos, da Paraíba até o Maranhão. Nesses locais, houve prioridade para as estradas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Foi uma demanda maior do que estava esperando. É uma crise do Nordeste", pondera.
Em matéria publicada no O POVO na última segunda-feira (26), a Prefeitura de Fortaleza justificou que a pouca oferta de asfalto prejudicou a operação tapa-buracos. Por isso, ainda não foi implementado o telefone 0800 para que a população solicite o serviço.
(Fonte: Jornal O Povo)
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quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Falta asfalto para obras no CE
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